Jorge Eduardo Antunes
Enviado especial ao Rio de Janeiro
A seleção brasileira de basquete masculino pagou um preço alto pela irregularidade no torneio e foi eliminada da fase final. No começo da tarde desta segunda-feira (15), o quinteto entrou em quadra pressionado contra a Nigéria, mas graças à atuação brilhante do pivô Nenê Hilário, conseguiu o Brasil vencer a Nigéria por 86 x 69 e alimentou esperanças de se classificar no torneio de basquete masculino dos Jogos Olímpicos. Mas a derrota da Argentina para a Espanha, à noite, por 92 x 73 selou a eliminação do Brasil.
O jogo do Brasil contra a Nigéria foi de baixo nível técnico. Abusando dos erros, o Brasil ficou atrás no primeiro quarto, perdendo por 16 x 15.
No segundo, a seleção melhorou e soube se aproveitar dos erros dos nigerianos virando o placar, mesmo errando lances fáceis, indo para o vestiário uma confortável vantagem de 42 x 31.
No segundo tempo, Nenê Hilário comandou o time com uma atuação técnica. Bem em todos os fundamentos – chegou a converter uma bola de três pontos -, enquanto ele esteve em quadra o Brasil passeou. Mas Magnano o tirou e insistia com Leandrinho, em mais um dia apagado. O Brasil ficou à frente em todo o período, mas a diferença caiu para 59 x 52.
No decisivo quarto, o Brasil viu a Nigéria encostar perigosamente, mas a volta de Nenê, pedido aos gritos pelo público da Arena Carioca 1, mudou tudo. O pivô deu mais força ao ataque, que voltou a abrir vantagem. O Brasil fechou a partida em 86 x 69 e foi torcer pelos hermanos.
Mas a atuação dos argentinos foi além do esperado. Mesmo com a força da arquibancada, quase toda ela torcendo pelos argentinos, o time sul-americano foi inferior o jogo inteiro sós espanhóis, que se deram ao luxo de deixar Pau Gasol a maior parte do tempo no banco.
A Argentina ficou atrás no marcador o tempo todo, especialmente devido às atuações apagadas de Campazzo, Nocioni e Scola. Com Ginobili no banco todo o último quarto, a.vitória espanhola por 92 x 73 foi justa. E o Brasil ficou fora porque não soube vencer croatas, lituanos e argentinos.