Roberto Wagner
roberto.wagner@jornaldebrasilia.com.br
Sentada nas primeiras fileiras do Estádio da Lagoa, de frente para a linha de chegada, dona Dilma Queiroz se juntou às centenas de torcedores para, pela primeira vez in loco, ajudar seu filho Isaquias a buscar a vitória. O ouro que ela e ele almejavam não veio — o alemão Sebastian Brenden liderou a prova -, mas a medalha de prata foi suficiente para arrancar o sorriso de dona Dilma.
Ainda na arquibancada, ela ganhou um abraço apertado de Isaquias e descreveu a sensação. “Estarei todos os dias aqui, junto com ele, do lado dele, abraçada com ele. Foi bonito demais (vê-lo no pódio). Ainda não foi a de ouro, foi a de prata, mas foi muito bom”, comemorou.
Assim como o brasileiro, porém, a medalha prateada não satisfez à mãe. “Recuperada” do baque de viajar pela primeira vez de avião – da Bahia para o Rio-, dona Dilma espera uma recompensa dourada. “Eu tenho esperança que Deus vai dar essa medalha de ouro para ele. Ele estava esperançoso de levar as três medalhas de ouro, né”, brinca a mãe de Isaquias, antes de tirar a pressão. “Mas essa (de prata) já está bom”.
A torcida, agora, é para que Isaquias tome gosto pelas medalhas, assim como a dona Dilma tomou por viajar de avião. “Eu gostei. É mais rápido e eu iria de novo”, confessa. Quem sabe se Isaquias conquistar um ouro ela consiga voltar de avião. Isso porque até esta terça-feira o retorno ainda está programado de carro.
