A primeira impressão de Cristóvão Borges sobre o seu Corinthians, na estreia com derrota para o Atlético-MG, foi a de uma equipe que sabia se defender. A virtude, no entanto, já não é a mesma – o que não faz o técnico ficar receoso com as eventuais falhas do goleiro Cássio e dos seus zagueiros.
“Não, não. Hoje, não tem nada em relação a isso”, avisou Cristóvão, sobre a possibilidade de substituir Cássio por Walter, alteração que Tite promoveu no final de sua passagem pelo Corinthians. “Tenho que trocar quem está me preocupando, e isso não é preocupação. A partir do momento em que estivermos consistentes, todas as outras coisas andarão bem”, confiou.
Cristóvão tem trocado bastante os defensores do Corinthians, mas não por vontade própria. A dupla de zaga formada por Yago e Vilson (Balbuena cumprirá suspensão, e Pedro Henrique ainda não está em sua melhor forma física) contra o Sport, nesta quinta-feira, em Itaquera, será a oitava diferente da equipe no ano.
“Fizemos algumas mudanças por circunstâncias, por lesões, mas todos têm um nível muito bom. É um setor que não me preocupa”, garantiu Cristóvão, apesar de ter consciência dos problemas recentes na defesa. “Deixamos a desejar. Aí, conversamos, treinamos, vimos vídeos e fizemos muitas correções. Durante esse período, as respostas foram boas e melhoramos muito. A tendência é de que a resposta seja bastante positiva”, acrescentou.
Mesmo com uma resposta positiva, Cristóvão poderá modificar a zaga corintiana na sequência do Campeonato Brasileiro. Pedro Henrique, por exemplo, era elogiado e tido como titular até sofrer uma lesão muscular na coxa esquerda.
“Ele saiu por contusão e tinha a oportunidade de voltar agora. Só que ficou muito tempo fora. Aí, a condição já é outra. Ele tem que estar preparado. O Vilson se mostrou um pouco à frente dele, que precisa de um pouco mais de tempo”, avaliou Cristóvão.
Pelos números, o técnico está certo em ainda ser otimista em relação ao sistema defensivo corintiano. O time sofreu 21 gols no Campeonato Brasileiro, assim como o Atlético-PR, desempenho inferior apenas ao do Santos (20) na competição.