Menu
Torcida

Chegou a hora dos coadjuvantes

Everton, do Brasil, e Lautaro, da Argentina, comandam suas seleções às 21h30, no Mineirão

Marcus Eduardo Pereira

01/07/2019 23h33

Soccer Football – Copa America – Brazil Training – Cidade do Galo, Belo Horizonte, Brazil – July 1, 2019 Brazil’s Everton during training REUTERS/Washington Alves

Petronilo Oliveira
redacao@grupojbr.com

Na fase de preparação para a disputa da Copa América, quem viesse a pensar em um confronto entre os maiores rivais do futebol brasileiro, Brasil e Argentina, já teria em mente um nome de cada lado para decidir o clássico: Neymar e Messi.

O astro brasileiro acabou ficando de fora da competição por um misto de situações, que converge entre uma pequena lesão e um sério problema extracampo: acusação de estupro. Enquanto Messi ainda não brilhou.

Hoje, às 21h30, as duas seleções duelam, no Mineirão, pelas semifinais da Copa América e a aposta dos torcedores e das comissões técnicas mudou. Do lado canarinho, a aposta atende pelo nome de Everton, 23 anos, atacante do Grêmio, bastante assediado por clubes europeus e único jogador que arrisca dar um drible, uma jogada diferente, que possa desmontar a defesa adversária, com a tradicional, porém quase que ultrapassada, pelo “excesso de organização” do técnico Tite, ousadia brasileira.

Do lado argentino, o nome que vem se destacando é o de Lautaro Martínez, 21 anos, que vem sendo muito mais decisivo que o famoso companheiro de ataque, Sergio Agüero. Ele já fez dois gols na competição, assim como Cebolinha – apelido de Éverton. Nem Messi, nem Agüero, nem Di Maria têm conseguido se destacar tanto quanto o centroavante que defende a Inter de Milão.

Durante a Copa América, Éverton ganhou a titularidade, deixando nomes mais conhecidos internacionalmente como Richarlisson e David Neres no banco de reservas. Ele foi elogiado por vários companheiros por ser bastante decisivo. Filipe Luís, lateral-esquerdo de alta rodagem e que está na mira do Flamengo, não poupou elogios: “A forma de jogar dele é essa, ele é um cara muito agudo na hora de encarar, de ir para cima do adversário, então a única coisa que a gente pode fazer é tentar dar o suporte para ele para que ele possa estar sempre no mano a mano, que ele tente, que ele não tenha tanto desgaste na hora de marcar”.

Tite otimista

Ao sentar na cadeira da sala de imprensa do Mineirão para conceder entrevista na véspera de Brasil x Argentina, Tite ficou 36 minutos respondendo aos jornalistas. Não deu a escalação, disse que não existe fórmula para anular Messi e abordou, é claro, o retorno da Seleção ao palco do 7 x 1 sofrido diante Alemanha na Copa de 2014.

O treinador quis deixar de lado o papo sobre “fantasma do Mineirão”, tema abordado mais de uma vez durante a coletiva. Preferiu enaltecer o apoio que a Seleção tem recebido do torcedor mineiro. Para ele, o maior nessa Copa América. Perdemos de 7 x 1, ganhamos da Alemanha e fomos campeão, perdemos em 1950 no Maracanã.

A gente pega a história e escolhe qual capítulo dela queremos, para fazer pergunta, para retroceder”, disse Tite. “Estamos no local onde mais tivemos carinho do torcedor. Mais que Porto Alegre, minha terra”.

Foi no estádio, com o próprio Tite, que o Brasil aplicou 3 x 0 na Argentina em 2016, nas Eliminatórias para a Copa de 2018. “Serve para os dois lados, essa vitória nem nos credencia e nem nos alija a derrota por 7 x 1 que tivemos aqui. É uma nova oportunidade de um grande jogo, grande trabalho, grande espetáculo. Por maior que seja a rivalidade, a gente só rivaliza com quem a gente admira”.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado