Roberto Wagner
Enviado especial para o Jornal de Brasília
Um mês antes do início dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, o ginasta Diego Hypólito ainda não sabia se iria ou não ter sua terceira chance de conquistar uma medalha olímpica. Depois de cair de de bunda em Pequim (2008) e de cara em Londres (2012) – como ele mesmo define -, a confirmação da vaga no Rio veio apenas no dia 8 de julho.
Desta vez, após uma série quase perfeita, a queda foi em pé. Em pé no solo e em pé no pódio: medalha de prata, com vibração e até hino à capela de ouro.
“O mais difícil não foi ganhar essa medalha. Foi eu me propor a estar numa Olimpíada de novo. Porque quando você cai em uma de bunda e na outra de cara, eu me senti extremamente humilhado. Então, você enfrentar isso, você treinar e você conseguir ficar em pé com uma prata olímpica mostra que todos podem”, comemorou o brasileiro.
O experiente ginasta foi o segundo a se apresentar na final do solo masculina, na Arena Olímpica. Ele conseguiu a nota 15.533 e desde então passou apenas a torcer. Restavam outros seis atletas e era tudo o que podia fazer.
“Eu choro por tudo, sou chorão mesmo. E ali eu comecei a passar muito mal. Minha pressão baixou e tive que tomar suplemento… Estava muito ansioso”, narrou Diego, que só foi superado pelo britânico Max Whitlock, que obteve a maior nota da final, 15.633.
Teve mais
Não foi só Diego Hypolito que representou o Brasil no pódio da ginástica masculina. Arthur Nory, 22 anos, surpreendeu. Com a pior nota da final na fase de classificação, ele decidiu dificultar sua série ontem e deu certo. Com a nota de 15.433, ele conquistou a medalha de bronze.
“Chorei muito de alegria. Desde que eu passei para a final eu já falei com o meu técnico que queria dificultar a série para brigar por medalha. Ele confiou em mim, eu nele e deu tudo certo”.
