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Futebol

Argentina vai à final em busca de quebrar série de 23 anos sem títulos

Arquivo Geral

22/06/2016 12h08

Kevin Jairaj-USA TODAY

Vice-campeã da Copa América do ano passado, a Argentina terá mais uma grande oportunidade de conquistar o seu 15º título continental e findar o jejum que perdura desde 1993. Nesta terça-feira (21), em Houston, a equipe comandada por Gerardo Martino dominou os Estados Unidos e eliminou a seleção anfitriã com uma vitória por 4 x 0, avançando à final de domingo (26), em Nova Jérsei. Os gols foram de Lavezzi, Messi e Higuaín (2).

Com 100% de aproveitamento na competição, a Argentina conhecerá na noite desta quarta-feira (22) o seu adversário na decisão. A Colômbia e o atual campeão Chile, que vem de uma marcante goleada por 7 x 0 sobre o México, irão se enfrentar em Chicago. O perdedor do confronto disputará o terceiro lugar com os norte-americanos no sábado (25), em Glendale.

A empolgação da torcida norte-americana, que cantou alto o seu hino nacional, foi abalada em apenas três minutos. Após uma cobrança de escanteio curta, a bola sobrou fora da área para Messi, que fez o levantamento de primeira. Lavezzi apareceu sozinho pela esquerda e encobriu facilmente o goleiro Guzan com uma cabeçada.

A vantagem argentina desestruturou toda a estratégia defensiva do técnico alemão Jürgen Klinsmann. Os Estados Unidos tentaram se soltar para responder, mas não tinham criatividade nem técnica para incomodar a Argentina, que ficava com a bola na maior parte do tempo.

Para piorar ainda mais a situação da seleção local, os defensores de Klinsmann eram atrapalhados. Messi carregou a bola pelo meio e passou entre dois deles aos 14 minutos. Desta vez, Guzan estava atento para defender o chute da entrada da área. Pouco depois, Higuaín saiu livre à frente do goleiro, mas acabou travado na hora da conclusão.

Com dificuldades para conter as investidas sul-americanas, os Estados Unidos deixaram o jogo mais pegado. E foi em uma cobrança de falta da Argentina que levaram o segundo gol. Aos 31 minutos, Messi cobrou de longe, com curva, e colocou a bola no ângulo oposto – Guzan estava ali, mas não alcançou.

Os últimos minutos do primeiro tempo ainda registraram uma pequena confusão entre os irritados norte-americanos e os satisfeitos argentinos, que ouviam os seus torcedores gritarem “olé”. Nervoso, Klinsmann não se conteve no intervalo e entrou em campo para reclamar com o árbitro paraguaio Enrique Cáceres.

Antes do segundo tempo, o alemão ainda apostou na entrada do jovem Pulisic no lugar de Wondolowski, na esperança de amenizar a posse de bola de quase 70% da Argentina. Entre os torcedores, muitos já estavam mais interessados em tietar Messi – um deles chegou a invadir o campo para conseguir um autógrafo antes de a bola voltar a rolar.

Em quatro minutos, a Argentina ampliou o marcador. Lavezzi recebeu a bola de Messi e cruzou na direção de Higuaín, que finalizou de primeira. Guzan deu rebote, e o centroavante não vacilou ao completar para a rede.

Tranquila, com a classificação praticamente definida, a Argentina se deu ao luxo de diminuir um pouco o ritmo. Até porque os seus jogadores começaram a se machucar. Augusto Fernández chiou de dor muscular, e Lavezzi lesionou o ombro ao cair após choque com uma placa de publicidade. Biglia e Lamela foram os substitutos.

Ainda assim, os Estados Unidos não reagiram, mantendo-se apáticos diante do seu público e sem concluir nem uma jogada sequer. Priorizando a troca de passes, a Argentina ainda se mostrou perigosa quando atacou novamente. Como aos 40 minutos, quando Higuaín bateu para o gol vazio após assistência de Messi e transformou a vitória em goleada.

ESTADOS UNIDOS 0 X 4 ARGENTINA

Local: Estádio NGR, em Houston (EUA)

Árbitro: Enrique Cáceres (PAR)

Assistentes: Eduardo Cardozo (PAR) e Milciades Saldivar (PAR)

Cartão amarelo: Wondolowski (Estados Unidos)

Gols: Lavezzi, aos 3, e Messi, aos 31 minutos do primeiro tempo; Higuaín, aos 4 e aos 40 minutos do segundo tempo

ESTADOS UNIDOS: Guzan; Yedlin, Cameron, Brooks e Fabian Johnson; Bradley, Beckerman (Birnbaum), Zusi e Zardes; Dempsey (Nagbe) e Wondolowski (Pulisic). Técnico: Jürgen Klinsmann

ARGENTINA: Romero; Mercado, Otamendi, Funes Mori e Marcos Rojo (Victor Cuesta); Mascherano, Augusto Fernández (Biglia) e Banega; Higuaín, Messi e Lavezzi (Lamela). Técnico: Gerardo Martino

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