A Argentina não passou sustos diante da Bolívia e assegurou a liderança do Grupo D com uma vitória por 3 x 0, nesta terça-feira, em Seattle, pela terceira rodada da Copa América Centenário. O resultado manteve a equipe com 100% de aproveitamento e a levou aos nove pontos conquistados – três a mais que o vice-líder Chile. Nas quartas de final, os argentinos enfrentarão a Venezuela. Já a Bolívia, lanterna da chave sem nenhum ponto, está eliminada.
Para preservar os principais atletas argentinos, Gerardo “Tata” Martino enviou a campo uma equipe mista, com Messi no banco de reservas. Logo o técnico percebeu que a estratégia tinha sido acertada. A Argentina fez um primeiro tempo fulminante e anotou três gols aos 12, 15 e 31 minutos da etapa. Lamela, Lavezzi e Victor Cuesta foram os autores dos tentos.
A partida contra a Venezuela será disputada no próximo sábado, às 20h (de Brasília), em Foxborough. A equipe comandada pelo ex-goleiro Rafael Dudamel foi a grande surpresa do Grupo C e provocou a eliminação precoce do Uruguai – apontado com um dos favoritos ao título. A expectativa é de que Messi inicie o confronto entre os titulares argentinos.
Mesmo com uma equipe mista, a Argentina precisou de só 12 minutos para abrir o placar. O atacante Lamela cobrou falta da entrada da área e contou com um desvio nas costas de Duk para matar o goleiro Lampe. Três minutos depois, Higuaín aproveitou um cruzamento da direita e cabeceou em cima de Lampe. O arqueiro boliviano parece ter se assustado no lance e deu o rebote para frente, permitindo que Lavezzi completasse na pequena área para anotar o segundo gol.
A situação da Bolívia piorou aos 23 minutos, com a saída do lesionado Duk para a entrada de Bejarano. Apático, o time não conseguiu fazer frente à ofensividade argentina e levou o terceiro gol. Aos 31, Cuesta desviou um chute cruzado de Lavezzi e tirou a bola do alcance de Lampe. O goleiro boliviano conseguiu fazer uma defesa aos 45 minutos, após finalização de Higuaín da entrada da área.
No segundo tempo, Tata Martino apostou nas entradas de Messi e Biglia nos lugares de Higuaín e Banega, respectivamente. Querendo mostrar serviço, Biglia arriscou o chute, aos nove minutos, e exigiu outra defesa de Lampe. Já aos 11, a Bolívia assustou pela primeira vez com uma finalização de Campos, que passou próxima à trave direita. Messi, aos 15, respondeu para a Argentina ao cobrar uma falta com muito perigo – o tiro foi para fora.
Apesar de ter Messi em campo, a Argentina tirou o pé do acelerador e só administrou a vantagem que construiu na etapa inicial. Como não sofria ameaças da Bolívia, eram raras as investidas que os hermanos criavam no campo ofensivo. Aos 37, Messi tentou pegar o goleiro desprevenido e bateu uma falta por cima do gol. Já aos 40, na última chance do jogo, Agüero arriscou de fora da área e viu a bola ir para fora.
ARGENTINA 3 X 0 BOLÍVIA
Local: Estádio Centurylink Field, em Seattle (Estados Unidos)
Árbitro: Victor Carrillo (Peru)
Assistentes: Jorge Yupanqui e Coty Carrera (ambos do Peru)
Cartões amarelos: Banega e Victor Cuesta (Argentina); Zenteno, Jhasmani Campo e Meleán (Bolívia)
Gols: Lamela, aos 12, Lavezzi, aos 15, e Victor Cuesta, aos 31 do primeiro tempo
ARGENTINA: Romero; Roncaglia, Otamendi (Maidana), Victor Cuesta e Funes Mori; Kranevitter, Banega (Biglia) e Agüero; Lavezzi, Lamela e Higuaín (Messi). Técnico: Gerardo Martino
BOLÍVIA: Lampe; Cabrera, Zenteno e Luis Gutiérrez; Meleán, Azogue, Saavedra, Smedberg (Algarañaz) e Jhasmani Campos, Juan Arce (Cristian Machado) e Yasmani Duk (Bejarano). Técnico: Julio César Baldivieso
