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Futebol

Após corte, Murilo desembarca no Rio falando em fim na Seleção

Colaborador JBr

19/07/2016 9h56

Foto: Divulgação/FIVB

A Seleção Brasileira masculina de vôlei desembarcou nesta terça-feira no Rio de Janeiro após o vice-campeonato da Liga Mundial. O grande destaque foi Murilo, cortado da equipe do técnico Bernardinho para as Olimpíadas do Rio de Janeiro. Medalhista de prata em Pequim 2008 e Londres 2012, o ponteiro não escondeu a emoção ao falar com a imprensa.

Murilo foi recebido pela sua esposa, a também jogadora de vôlei Jaqueline, que irá para as Olimpíadas, e pelo filho Arthur, de apenas dois anos. Fora dos planos de Bernardinho por conta de dores na panturrilha, o atleta irá realizar uma ressonância para saber a gravidade de sua lesão. O incômodo na região já havia o excluído da reta final da Liga Mundial.

“O que mais me incomoda nessa questão física é que ainda temos 15 dias. Com certeza hoje eu não teria condições de entrar em quadra, a panturrilha ia incomodar. Não conseguimos fazer a ressonância para saber o grau da lesão, se ela existe ou se é apenas uma contratura. Então, isso me incomoda um pouco, deixa com a pulga atrás da orelha. A ressonância está marcada para hoje às 18h, vai me deixar incomodado se, por acaso, for algo muito pequeno ou que não tenha lesão e em 15 dias eu tenha condição de jogo. Isso vai me perseguir bastante”, disse.

A ligação da família de Murilo com o vôlei vai além de sua esposa Jaqueline. Seu irmão, Gustavo, foi central da Seleção Brasileira e integrante da equipe que garantiu o ouro em Atenas 2004. Diante de seu fim no time brasileiro, o ponteiro hexacampeão da Liga Mundial revelou o apoio recebido pelo irmão ex-jogador e se segurou para conter as lágrimas.

“A Jaque sentiu bastante quando falei com ela. Não falei com meus pais ainda, o Gustavo já me mandou mensagem, muitos amigos, muitos fãs… Só tenho a agradecer. A Seleção esse ano para mim acaba, não da maneira que gostaria, mas tudo o que fiz foi com muita intensidade, amor, orgulho e fico feliz por representar meu país por tanto tempo. Espero jogar vôlei enquanto estiver me divertindo, mostrar para o meu filho, que ainda não entende. Outra Olimpíada nem pensar, quatro anos é muito tempo. É natural. Infelizmente chega um momento que acaba e hoje se encerra um ciclo”, completou.

Apesar do corte da Seleção Brasileira, Murilo assegurou que estará apoiando seus companheiros fora de quadra, assim como milhões de brasileiros. Diante dessa nova perspectiva, ele espera por uma medalha, garantindo o merecimento do grupo verde e amarelo.

“Vou torcer como se eu estivesse lá, essa fase final da Liga Mundial foi horrível por ficar assistindo sem poder ajudar. A Olimpíada vai ser assim. Não só eu, mas milhões de brasileiros vão estar torcendo por eles. Todos que estão ali merecem essa medalha”, finalizou.

Os escolhidos de Bernardinho seguem de folga até a próxima quinta-feira, no entanto, a tendência é que o grupo só esteja totalmente completo na sexta, quando iniciam a preparação para os Jogos Olímpicos no Centro de Treinamento da Seleção, em Saquarema, no Rio de Janeiro.

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