Eric Zambon
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Se o Brasil tiver dificuldades na estreia contra a África do Sul, o técnico Rogério Micale pode chamar a polícia. Mais especificamente, o cabo Átila Lopes da Cruz, de 36 anos. “A defesa é o ponto fraco deles”, crava o militar, que aplicou uma caneta desconcertante no craque dos sul-africanos, o atacante Ty Sandows. O lance, durante jogo-treino, na última sexta, entre o time amador da PMDF e o time olímpico, ficou na memória.
“Foi um lance na lateral que a gente não imagina ser possível. O pessoal até comentou que ele veio pedindo a caneta”, brinca o cabo Átila, que desta vez irá apenas assistir, a partir das 16h, no Mané Garrincha, a estreia da seleção brasileira nos Jogos Olímpicos, contra os sul-africanos.
Quem também estava no time da PM, derrotado por 4 x 0, foi o soldado Pedro Pinheiro Júnior. Ele aponta como ponto fraco a inexperiência dos sul-africanos. “Mostraram isso inclusive contra a gente. Aceleraram demais o jogo e em momento nenhum seguravam a bola no pé para cadenciar o jogo”, informa.
Brincadeiras à parte, os militares tiveram impressões parecidas com as do técnico brasileiro Rogério Micale sobre os adversários de hoje. Ele viu os africanos de perto no amistoso vencido por 3 x 1, no início do ano. “Iniciamos o jogo vencendo com dois gols de bola parada”, recorda-se o treinador, dando a dica também sobre a possível fraqueza a ser explorada no Mané Garrincha.
Deficiência
Sobre a preparação para a caminhada rumo ao ouro inédito, Micale se mostrou tranquilo. “É muito complicado estar 100%. Mas você também não tem tempo de atingir o ápice em uma competição curta, senão perde o emprego”, pondera.
Pelo lado sul-africano, o técnico Owen da Gama exalta a tradição do País, a quem chama de “mãe do futebol”, e compara o astro de seu time, o meio-campista Keagan Dolly, de 23 anos, também capitão da equipe, a Neymar.
