No ano de 1972, seis sindicatos industriais já estabelecidos na recém-inaugurada Brasília se reuniram em torno de um projeto: a criação da Federação das Indústrias do Distrito Federal. Constituída, a Fibra completou, em 2024, cinco décadas como entidade de defesa dos interesses do setor industrial no Distrito Federal.
Apesar da criação da Fibra ter ocorrido mais de uma década depois da inauguração da nova capital, as instituições da indústria já estavam presentes na região desde o início das obras de Brasília. Ainda em 1958, os candangos já eram atendidos pelo Serviço Social da Indústria (Sesi), sob a administração nacional da entidade. Em um galpão na Vila Operária da Novacap, na Candangolândia, eram oferecidos serviços de saúde e educação e atividades de lazer.
Com uma cidade em obras e com uma indústria que crescia à medida que a capital tomava forma, Brasília precisava cada vez mais de trabalhadores qualificados. Para atender a necessidade de formação profissional, em 1966, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) iniciou a atuação no Distrito Federal, por meio do departamento regional de Goiás.
Em 1973, o braço de apoio à gestão empresarial e que conecta indústria e academia foi criado: o Instituto Euvaldo Lodi (IEL-DF).
Juntas, as quatro entidades — Fibra, Sesi, Senai e IEL-DF — compõem o Sistema Fibra. Trabalham com o objetivo de desenvolver o setor industrial do Distrito Federal, com ações de defesa de interesse, que passam pela educação básica e profissional e vão até o suporte direto ao empresário na rotina de gestão da indústria, que hoje está focada em sustentabilidade, na qualidade e na eficiência de produtividade.
Indústria pelo futuro do Distrito Federal
Segundo projeção do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população do DF vai superar a marca dos 3 milhões e 100 mil habitantes nos próximos 10 anos. Além do crescimento populacional local, a região metropolitana também cresce e pressiona a capital federal por serviços básicos e empregos.
“O setor público não tem mais capacidade de empregar a população economicamente ativa do DF e da região metropolitana e, por isso, é fundamental que a pauta da diversificação da economia seja tratada com atenção pelo governo”, diz o presidente da Fibra, Jamal Jorge Bittar.
Atualmente, a indústria participa com 4% do Produto Interno Bruto (PIB) do DF, número que representa mais de R$ 10 bilhões para a economia local ao ano. “Com a atual participação na economia local, o setor industrial gera mais de 117 mil empregos diretos e paga 13% de toda a receita de ICMS local. Investir no desenvolvimento industrial significa incentivar o crescimento de uma cadeia produtiva que tem capacidade de alavancar a geração de empregos e de renda para a população”, afirma Bittar.
Segundo dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI), a cada R$ 1 investido no setor industrial, o retorno é de R$ 2,44, valor 60% superior ao retorno de investimento no setor de comércio e de serviços.
“Não se trata de uma competição setorial por investimento, mas de um projeto para o desenvolvimento e a manutenção do bom nível de qualidade de vida que temos no DF. Incentivar o desenvolvimento industrial tem como reflexo direto o crescimento dos outros setores que se beneficiam pelo aumento do consumo de uma sociedade com mais renda”, afirma. Para Bittar, incentivar o crescimento industrial é fazer crescer de forma conjunta toda os setores da economia do Distrito Federal.
Para conhecer o Sistema Fibra e os serviços e produtos para a indústria, para os trabalhadores e para a comunidade, acesse www.sistemafibra.org.br.