“Nossa estratégia de marca é qualidade e ciência”. A frase é de Rogério Tokarski, fundador e diretor farmacêutico da Farmacotécnica, empresa vencedora do Top of Mind na categoria Farmácia de Manipulação. Com uma vida voltada para os estudos, Rogério é casado com a também farmacêutica Romelita, com quem teve as filhas farmacêuticas Romy e Rogy. Uma família inteira voltada para o negócio, em busca de oferecer saúde, qualidade de vida, equilíbrio e alternativa para todo tipo de tratamento.
“Personalizar a Ciência do Cuidar” foi o tema da campanha publicitária da empresa em 2024, mostrando que a Farmacotécnica busca atender além das necessidades de medicação padrão, com produtos que alcancem o ser humano dentro de suas individualidades, como alérgicos, crianças, idosos e veganos.
Fundada em 1976, a empresa é uma das pioneiras na área de personalização de medicamentos no Distrito Federal. Com uma equipe de 16 farmacêuticos, a empresa possui três lojas na Asa Sul, uma na Asa Norte e duas em Taguatinga, além da sede, na 716 Sul, sendo reconhecida nacionalmente como referência em farmácia de manipulação.
“Nos dedicamos a estudar a personalização. Uma criança de oito quilos e uma criança de 25 quilos devem tomar o mesmo meio comprimido? Certamente que não. Em função disso, trabalhamos para entregar às pessoas o que há de melhor, com as dosagens corretas, de acordo com as especificidades de cada ser humano”, explica Rogério.
A industrialização dos medicamentos só chegou após a Segunda Guerra Mundial e Rogério lembra que, até então, só existiam farmácias de manipulação. “A indústria é importante para padrões, mas para pessoas, que têm pesos diferentes, a personalização é fundamental. Investimos na atualização constante de nossa equipe, com viagens a congressos e cursos, para entregarmos o melhor produto”, ressalta.
Durante um longo período, as farmácias de manipulação praticamente desapareceram no Brasil. “Reinventar farmácia no mundo moderno é um desafio, porque nós estamos reinventando a personalização do medicamento, testando e adequando novas formas de utilizar as inúmeras possibilidades de veículos, para aumentar a eficácia de nossos produtos”, frisa Tokarski.
A Farmacotécnica faz questão de manter uma assessoria farmacêutica para levar informações que promovam a ciência da manipulação de medicamentos, mostrando a médicos e nutricionistas o que é possível fazer em termos de adequação.
“Queremos propagar a ciência farmacêutica. É importante que todos os profissionais da saúde saibam coisas como: se você tem alguma forma de sensibilidade, como dificuldade de engolir, podemos transformar cápsulas em xarope”, disse.
A história da Farmacotécnica se confunde com a de seus fundadores. A escolha de Rogério Tokarski pela faculdade de Farmácia veio em uma época em que as pessoas se formavam basicamente em Medicina, Engenharia e Direito. Em 1973, quando completou o curso, o direcionamento que deu à carreira foi ainda mais inusitado: investir nas chamadas “farmácias magistrais”. Depois de ter sido presidente de diretório acadêmico na universidade e de ter participado do Projeto Rondon, ao se formar, integrou o Conselho Regional de Farmácia, o Conselho Federal de Farmácia e o Conselho Nacional de Saúde.
Quando Rogério chegou no mercado como profissional, as poucas farmácias de manipulação existentes no País utilizavam apenas o que ele chamava de “velhos veículos”, como a vaselina sólida e a lanolina.
Ele queria trabalhar com o que existia de mais moderno. Mas o caminho não foi fácil. As exigências no Ministério da Saúde não facilitavam este avanço da farmácia, obrigando os estabelecimentos a terem produtos em desuso. Como a legislação estava atrasada em relação às melhores práticas, foi preciso criar a Anvisa, que passou a normatizar e controlar estes avanços.
“Lutamos para criar normas para o setor. E precisamos estar sempre junto aos órgãos de vigilância para que o mercado siga bem regulado e acompanhando os avanços do mundo”, revela.
A contratação de profissionais da área nem sempre foi fácil. Nos anos 90, Rogério e sua esposa Romelita lutaram para que a UnB abrisse a Faculdade de Farmácia. “Precisávamos de farmacêuticos e esta possibilidade de contratação era fundamental para o crescimento do mercado na capital federal”, explica. Hoje, existem mais de 15 cursos de Farmácia espalhados por todo o Distrito Federal.

Projeto Preservar
A Farmacotécnica também investe em educação voltada para a preservação do conhecimento acerca das ervas medicinais. Por meio do Projeto Preservar, resgata conhecimentos em torno do cultivo destas plantas, na chácara da empresa, localizada no Núcleo Rural Vargem Bonita, de onde vem a matéria prima para os medicamentos comercializados em suas farmácias.
O projeto foi criado em 2001, com o objetivo de incentivar a educação ambiental por meio do cultivo de ervas medicinais. As crianças recebem todas as informações sobre os processos de manejo, colheita, armazenamento e transformação das plantas em diversos produtos. Eles também têm a oportunidade de manusear as ervas que são cultivadas na chácara, como erva-cidreira, stevia, babosa, alcachofra, capim santo, guaco, carqueja, hortelã, camomila, entre outras.
O Projeto Preservar foi, inclusive, reconhecido pelo Prêmio Candango de Excelência em Recursos Humanos, na categoria de Responsabilidade Social. Já recebeu mais de 25 mil pessoas, entre estudantes e o público interessado. Também contribuiu com a formação de mais de 400 crianças da rede pública e serviu de inspiração para estudantes que passaram a atuar como jovens aprendizes na Farmacotécnica e, a partir desta experiência, decidiram fazer graduação em Farmácia.
A cada ano, as crianças da comunidade local são treinadas para serem monitores do projeto, com aulas teóricas ministradas por uma equipe de profissionais da empresa. Além dos conhecimentos teóricos, os alunos se familiarizam com a chácara de ervas medicinais, os laboratórios onde são feitas demonstrações da produção de extrato de algumas plantas e a parte de processamento e secagem.
A Farmacotécnica é pioneira no cultivo de ervas medicinais e mantém desde sua criação, na chácara, insumos para a manipulação de medicamentos à base de plantas. Cerca de 50 espécies são cultivadas na unidade e processadas em uma área especialmente projetada para este fim. No local são cultivadas, inclusive, espécies que não são típicas do Cerrado e que foram climatizadas para se adaptar ao clima da região central do País, como a espinheira-santa, que tem eficácia contra úlcera e gastrite e é uma planta nativa da Região Sul.
“É preciso abraçar esta profissão de forma séria. As pessoas nos elegeram com o Top of Mind porque elas sabem o tamanho de nossa seriedade e dedicação à farmácia magistral. Mexemos com a vida delas e elas sabem disso”, encerra Rogério.