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Saúde

Terapia Cognitivo-Comportamental e Depressão

A terapia cognitivo-comportamental é uma das linhas terapêuticas realizadas por psicólogos no tratamento de diversas situações.

Redação Jornal de Brasília

04/12/2019 17h35

Depressão

A terapia não é apenas para pacientes que apresentam doenças mentais, mas pode auxiliar muito qualquer indivíduo com algum problema ou desordem em seu dia a dia.

A terapia cognitivo-comportamental ajuda muito pessoas com transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), manias, transtornos alimentares, e também depressão e ansiedade.

Vamos ver como a terapia cognitivo-comportamental pode auxiliar pessoas com quadro de depressão.

O Que É Terapia Cognitiva-Comportamental?

É uma abordagem terapêutica psicológica, utilizando metas e focada no momento presente.

A terapia cognitivo-comportamental não busca razões ou como foi o passado da pessoa, mas sim ressignificar eventos, para que o comportamento do indivíduo possa mudar.

Essa ressignificação é importante, pois cabe lembrar que indivíduos com ansiedade ou depressão costumam ficar remoendo ou antecipando problemas, dando a eventos um significado único, muitas vezes longe da realidade.

A ressignificação também tem que levar em consideração as crenças da pessoa. E tudo isso pode ter influência no comportamento do indivíduo.
Na TCC há uma troca, o terapeuta divide seus conhecimentos e ensina o paciente a utilizar as técnicas que influenciaram em sua melhora.

Terapia Cognitivo-Comportamental e Depressão

A terapia cognitivo-comportamental foi criada em meados dos anos 60 por Aaron Beck, um psiquiatra norte-americano. Beck propôs um “modelo cognitivo da depressão”. Depois, esse modelo sofreu evolução para compreensão e tratamento de outras situações.

Para atuação da Terapia Cognitivo-Comportamental, é fundamental que o terapeuta identifique os seguintes pontos:

  • Ambiente onde ocorre o problema;
  • Pensamentos envolvidos em relação ao problema;
  • Sentimentos e estado de humor em relação ao problema;
  • Reação física;
  • Comportamento.

Avaliando esses fatores, o terapeuta consegue analisar quais situações podem levar a pensamentos repetitivos, situações de ansiedade, uma vez que cenários podem levar a sofrimento e criação de cenários que nem sempre são reais.

No caso de indivíduos depressivos, são indivíduos que não conseguem viver o presente, sempre revivendo e repensando em situações já acontecidas. Assim, baseados em crenças, eventos que aconteceram no passado podem gerar depressão, bem como comportamentos agressivos.

Geralmente, a terapia cognitivo-comportamental deve ser realizada por pelo menos 10 sessões de psicologia. Mas cada caso é um caso e mais sessões podem ser necessárias, conforme o caso. Uma das grandes vantagens da terapia cognitivo-comportamental é que ela é um tratamento “mais rápido” do que outras abordagens terapêuticas, como a psicanálise, que costuma levar anos.

Em associação à terapia, o terapeuta também pode incluir sessões de mindfulness, ajudando o paciente a focar no momento presente.

Além disso, dependendo de quão grave é o caso de depressão, o psiquiatra pode indicar antidepressivos, que são medicamentos que quimicamente alteram a quantidade ou recepção de serotonina, que são mediadores químicos ligados à sensação de bem-estar no organismo.

Em pacientes depressivos, sobretudo nos casos mais severos, a quantidade de serontonia presente no organismo é extremamente baixa, ou porque a produção é baixa, ou porque a captação e a degradação do mediador é muito alta e rápida.

Existem diversas classes de antidepressivos, portanto, muitas vezes ajuste é necessário e os antidepressivos necessitam de algumas semanas para começarem a terem efeitos. Portanto, não adianta tomar por poucos dias e achar que o medicamento já agirá.

Os antidepressivos também apresentam muitos efeitos colaterais, dependendo da classe. Portanto, eles somente devem ser indicados e prescritos por médicos. Fora que o tratamento da depressão não é somente com antidepressivos, sendo a terapia sendo indicada como parte integrante do tratamento.

A Depressão No Brasil

A depressão é uma das doenças que mais afeta pessoas e representa uma das principais causas de afastamento de indivíduos do mercado do trabalho.

A depressão pode apresentar diversos sintomas, mas em geral pode ser confundida por tristeza ou luto, dependendo da vida do indivíduo. Mas a depressão diferencia-se da tristeza, pois não vem em ondas e a pessoa perde o prazer de realizar atividades cotidianas que antes tinha.

No caso do luto, a autoestima é mantida, porém na depressão sentimentos de inutilidade e baixa autoestima são bastante comuns.

No Brasil, só em 2016, as desordens mentais (que incluem depressão, ansiedade, entre outros), foram responsáveis por quase 38% dos casos de afastamento do mercado de trabalho.

Acredita-se que a depressão no Brasil afete mais de 10% da população, mas ainda há muito preconceito em relação à doença.

A terapia cognitivo-comportamental é uma abordagem terapêutica bastante indicada para o tratamento de quadros de depressão.

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