Banhos mais quentes, janelas e portas fechadas por muito tempo são gatilhos e aumentam as crises de uma doença que tem uma prevalência de cerca de 13%: a dermatite atópica. Ela não tem cura, mas precisa de acompanhamento constante. É uma doença de pele crônica e inflamatória, que se manifesta em ciclos recorrentes de coceira, dor e lesões descamativas. A enfermidade acomete um a cada quatro adolescentes e cerca de 10% dos adultos, dos quais até 46% apresentam as formas moderada a grave, causando grande impacto físico, psicológico e econômico nos pacientes e seus cuidadores.
Contudo, novos tratamentos estão surgindo para pacientes que possuem Dermatite Atópica de moderada a grave, o que representa um alívio para os portadores dessa doença. São terapias realizadas em monoterapia que agem diretamente no agente causador do problema, aliviando os sintomas e melhorando a qualidade de vida dos pacientes.
No último congresso da Liga Europeia Contra Reumatismo (Eular), realizado recentemente, foram divulgados estudos mostrando que o medicamento upadacitinibe, usado em monoterapia, reduziu as lesões de pele e a coceira em até 80% de adultos e adolescentes com dermatite atópica moderada a grave. Dos participantes do estudo que tomaram a medicação, 62% apresentaram lesões claras ou quase claras. No Brasil, upadacitinibe já foi aprovado para o tratamento de artrite reumatoide.