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Saúde

Janeiro branco reforça discussão sobre saúde mental

Especialista ressalta a importância do autocuidado e da qualidade de vida

Redação Jornal de Brasília

06/01/2021 13h52

É certo que a saúde mental de muita gente ficou ainda mais abalada em 2020, justamente por ser um ano atípico marcado por uma doença sem precedentes: a Covid-19. Quem já enfrentava problemas com a saúde mental pode ter apresentado estados mais graves, porque houve muitas perdas de pessoas desconhecidas até as mais conhecidas como entes queridos. O saldo do número de mortos e infectados foi assustador. Dessa forma, a campanha Janeiro Branco é um período que busca destacar, discutir e reforçar a importância de cuidar da saúde mental.

A escolha do mês de janeiro para essa campanha é estratégica, pois é nessa época que todos querem traçar metas para o decorrer do ano que, consequentemente, pode vir acompanhada da ansiedade ou frustração por não ter conseguido galgar os objetivos planejados no ano interior.

O psiquiatra Luan Marques afirma o quão é importante entender a conjuntura atual para lidar com os momentos difíceis. “O ideal é procurar ajuda de um profissional, caso você não esteja se sentindo bem. Muita gente desenvolveu quadros de ansiedade e depressão por causa da quarentena e, quem já tinha, intensificou ainda mais”, explica o especialista.

Segundo ele, é preciso ficar alerta aos principais sintomas da depressão, que são: fadiga, medo, irritação, perda de interesse em atividades que antes eram prazerosas, insônia, pensamentos de suicídio e cansaço. “Dores físicas, autoestima baixa e falta de concentração também são considerados indícios da doença”, alerta.

O especialista dá também algumas dicas para tentar aliviar um pouco mais os sintomas e viver melhor. Algumas delas são: praticar atividade física pelo menos 30 minutos ao dia; tirar um tempo para fazer algo que goste, ter uma boa alimentação, ler e fazer outras atividades prazerosas.

O que diz a OMS

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), ter boa saúde mental depende muito do bem-estar físico e, até mesmo, social para que os seres humanos possam desenvolver capacidades de interação. A organização ainda chama atenção para o número de pessoas acometidas por depressão no mundo: são mais de 300 milhões que não escolhem faixa etária, raça ou classe social. “Ainda há aquelas que têm ansiedade e depressão e não falam, guardam tudo para si. Falar é importante e ajuda no processo do tratamento,” afirma Luan Marques. Ele também garante que, pessoas que apresentam quadro de depressão sorridente, são mais difíceis de identificar.

CVV

Durante 24h, o 188 do Centro de Valorização da Vida está disponível para atendê-lo. São disponibilizados vários voluntários para conversar com você, sob total sigilo. Depressão é uma doença séria e precisa de tratamento adequado.

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