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Saúde

Gestão de Saúde Corporativa: nível de estresse é alto ou muito alto em empresas

Pesquisa mostra que apenas 17% dos trabalhadores entrevistados acreditam que o nível de estresse irá diminuir com o passar do tempo

Redação Jornal de Brasília

02/09/2020 15h23

Uma pesquisa sobre os índices relacionados à saúde mental indica que 52% dos trabalhadores acreditam que o nícel de estresse é alto ou muito alto nas empresas. A pesquisa feita pela Aliança para a Saúde Populacional (ASAP), em parceria com a Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRGH), indica, também, que apenas 17% acreditam que o nível de estresse irá diminuir com o passar do tempo.

Os impactos no custo final disso tudo devem ser altos. É necessário definir ações imediatas no ambiente corporativo a fim de prevenir possíveis transtornos de depressões e ansiedades. Para Ricardo Ramos, presidente da ASAP e VP da Funcional Health Tech, isso inclina-se para uma piora: “Esses fatores especificamente agora, nesse momento desse novo ambiente corporativo que está se formando aos poucos, tende a agravar esses dados”, conta. 

A pesquisa busca saber como as empresas vêm atuando em relação à Gestão de Saúde Corporativa. Segundo a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), 67,5% da saúde suplementar no Brasil é formada por planos coletivos empresariais por isso é tão relevante acompanhar como as empresas conduzem a gestão de saúde de seus colaboradores e beneficiários

Nesta pesquisa, 70% das empresas referiram utilizam estratégias definidas, 58% utilizam processos de gestão e 54% utilizam indicadores para melhorias da saúde. A pesquisa revela ainda que a prevenção está associada a uma desaceleração no aumento dos custos com saúde: enquanto em 2017, 31% das empresas tiveram correção anual acima de 15%, em 2020, esse dado cai para 18%.

Ramos afirma que as empresas continuam achando que os custos de saúde nas empresas tendem a aumentar e consequentemente difíceis de serem controlados sem uma efetiva gestão da saúde de seus colaboradores. “No entanto, a evolução dessa pesquisa não mostra que as empresas de fato estão aumentando esforços em ampliar seus programas de gestão de saúde. Por outro lado, eles têm aumentado algumas iniciativas administrativas na contenção do custo do benefício saúde”, explica o presidente da ASAP.

A primeira versão da pesquisa, utilizando metodologia de enquete, foi concluída em maio de 2017, e uma nova versão com o mesmo conteúdo, foi realizada entre os meses de janeiro e março de 2020 para meios de comparação. No ano de 2017 foram ouvidas 668 gestores o que abrange cerca de 3.000.000 beneficiários e no ano de 2020 foram 704 gestores o que perfaz cerca de 6.500.000 beneficiários, ou seja, abrangência dobrou de uma pesquisa para outra.

Na maioria das empresas a principal ferramenta utilizada é a de coparticipação e contribuição por parte do usuário. As empresas afirmam usar estratégias e programas para a melhoria da saúde, mas 61% se vale do sistema em que o funcionário arca com parte do valor. Métodos considerados mais simples como alimentação saudável e a promoção de atividade física dentro das instituições, são bastante escassos o que reflete em um alto índice de sobrepeso que pode resultar em doenças crônicas. A pesquisa mostra ainda que 66% das empresas não possuem programas de alimentação saudável.

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