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Saúde

Fome emocional durante a pandemia: você está sofrendo disso?

Nutricionista e psicóloga falam sobre principais fatores que provocam a alteração do comportamento alimentar e explicam como superar o problema

Redação Jornal de Brasília

21/09/2020 14h46

Um dos problemas mais comuns que acontecem entre as pessoas ansiosas é ‘descontar’ suas frustrações, medos e inseguranças na alimentação. Com o isolamento social provocado pelo novo coronavírus, esse comportamento é potencializado. Nesse momento que surge a chamada ‘fome emocional’, onde comer vira uma válvula de escape. Mas, o que ela é? Como se desenvolve? Como realmente diferenciá-la da fome física? Qual relação dela com a compulsão alimentar? O que fazer para superar?

De acordo com a psicóloga Andréa Chaves, a ansiedade que tem acontecido de forma muito recorrente na pandemia pode surgir por diversos motivos, alguns deles como o medo da perda do emprego, problemas financeiros e amorosos. “Os principais sintomas são palpitações, tonturas, sensação de desmaio, falta de ar, suor excessivo, mãos frias e suadas, boca seca, insônia, entre outros”, explica.

E com todos esses sintomas, podem surgir ainda a fome emocional, que para o nutricionista Gustavo Paiva é quando a pessoa quer compensar o mal-estar que ela sente no alimento, este geralmente mais calórico com mais açúcar, sal e carboidratos. “Quando se tem a fome física, ingerimos o alimento pois nosso organismo ‘pede’, principalmente após um período sem refeições, já a fome emocional não, ela surge repentinamente diante de uma situação tensa principalmente com uma vontade de comer alimentos específicos e sentimento de culpa após o consumo”, esclarece.

Entretanto, é preciso explicar que a fome emocional não é sinônimo de compulsão alimentar. “O processo de compulsão é diferente, a pessoa come tudo que está pela frente e não sente saciedade. Na fome emocional o desejo por um alimento é mais forte e depois do consumo a pessoa se sente frustrada”, pontua Paiva.

E, como driblar a fome emocional?

A psicóloga Andréa Chaves explica que, como a maioria dos episódios realmente acontecem após períodos de ansiedade e estresse extremos, é necessário buscar ajuda especializada para entender realmente a fundo a raiz do problema. “Quando a pessoa tem um acompanhamento psicológico fica mais fácil ela entender que aquele momento é passageiro e que a comida deve ser um elemento para dar prazer na medida certa. Tudo que leva a afobação é prejudicial à nossa saúde mental”, salienta.

Confira ainda 3 dicas do nutricionista Gustavo Paiva para ajudar a superar o problema:

1 – Faça atividades físicas que lhe agradem
A endorfina que o exercício traz te proporcionará mais bem-estar e prazer nas suas atividades do dia a dia

2- Evite alimentos industrializados e hipercalóricos
Quando você está ansioso, você come alimentos mais gordurosos, com açúcar e sal, não promovendo saciedade e entre outros malefícios como efeito inflamatório no seu organismo

3 – Invista em uma alimentação rica em fibras
Consumindo mais fibras, presentes nos alimentos integrais e oleaginosas, por exemplo, você se sente mais saciado

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