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Saúde

Dia Nacional de Combate ao Fumo: saiba como a nicotina afeta o coração

Além do câncer de pulmão, segundo mais comum em homens e mulheres no Brasil, o uso de tabaco afeta diretamente a saúde cardiovascular, principalmente pela ação maléfica direta nos vasos sanguíneos

Redação Jornal de Brasília

26/08/2020 14h53

Celebrado em 29 de agosto, o Dia Nacional de Combate ao Fumo tem como objetivo reforçar as ações nacionais de sensibilização e mobilização da população para os danos causados pelo hábito. Além do câncer de pulmão, segundo mais comum em homens e mulheres no Brasil, o uso de tabaco afeta diretamente a saúde cardiovascular, principalmente pela ação maléfica direta nos vasos sanguíneos.

O tabaco é responsável por elevar a pressão arterial e a frequência cardíaca, bem como seu uso aumenta o risco de surgimento de diversas outras doenças cardiovasculares, sendo as mais comuns a angina e o infarto.

“A substância encontrada nos derivados de tabaco como cigarros, charutos, cachimbos e até mesmo nos narguilés contribui para diversas doenças no aparelho cardiocirculatório. Ela age no aumento da contração dos vasos sanguíneos, acelerando a frequência cardíaca e aumentando a pressão arterial”, explica o cardiologista hemodinamicista do Instituto do Coração de Taguatinga (ICTCor), Gustavo Alexim. Ainda segundo o cardiologista, o hábito de fumar agride o endotélio (parede de células que recobre os vasos sanguíneos) e interfere diretamente na produção de uma substância protetora conhecida como óxido nítrico, o que faz com que as artérias fiquem mais vulneráveis ao acúmulo de gordura, o que gera um maior risco ao paciente.

A ligação entre tabaco e doenças cardiovasculares, incluindo acidentes vasculares cerebrais são as principais causas de morte do mundo, com uma média de 17,7 milhões de pessoas anualmente, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Quando consumida, a nicotina vai diretamente para o coração, cérebro e a circulação, além de prejudicar todo o organismo do fumante. Sua ação é exercida pelos sistemas simpáticos e parassimpáticos e, quando a adrenalina é liberada, influência na redução de consumo de oxigênio, e faz com que o corpo passe a absorver mais colesterol.

“Independente do uso de cigarro, cachimbo ou charuto, uma única unidade pode provocar todos esses malefícios. Quando a substância cai na circulação sanguínea provoca consequências à saúde”, aponta o cardiologista.

Como fica o coração do fumante?

O hábito de fumar causa riscos a quem fuma e a quem convive com o fumante. Estudos apontam que conviver com quem fuma afeta o coração, além de aumentar em até duas vezes o risco de câncer.

Segundo Gustavo Alexim, após parar de fumar, há redução de cerca de 50% no risco de infarto no primeiro ano. Contudo, são necessários cerca de dez anos sem fumar para igualar o risco cardiovascular de um ex-fumante ao risco de quem nunca fumou. Para o especialista, a melhor atitude que o paciente deve ter com a saúde cardiovascular é não fazer uso do tabaco. O fumante pode e deve abandonar o cigarro.

“O primeiro passo é procurar acompanhamento profissional. Após uma avaliação será possível saber qual o melhor caminho a seguir para se livrar do vício. Acima de tudo, o  sucesso vai depender da determinação e força de vontade do paciente”, afirma.

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