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Saúde

Coronavírus: vacina de Oxford é testada em profissionais de saúde de SP

Vacina começou a ser testada na última sexta-feira (19), em São Paulo. Nessa segunda-feira (22) também foram realizados testes

Redação Jornal de Brasília

23/06/2020 8h00

A vacina ChAdOx1 nCoV-19, que está sendo desenvolvida na Universidade de Oxford, no Reino Unido, começou a ser testada em profissionais de saúde. As informações foram divulgadas pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e pela Fundação Lemann.

O imunizante é um dos que vem ganhando mais repercussão e tem gerado expectativas na comunidade científica. A vacina é uma das 141 candidatas que estão cadastradas na  Organização Mundial de Saúde (OMS) e está entre as 13 em fase clínica de testes em humanos. 

A vacina começou a ser testada na última sexta-feira (19), em São Paulo. Nessa segunda-feira (22) também foram realizados testes. As informações são do Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE) da Unifesp, que coordena a aplicação da vacina em São Paulo.

A Universidade de Oxford divulgou que pretende testar cerca de 5 mil profissionais de saúde que atuam no Rio de Janeiro e em São Paulo. De acordo com a Unifesp, o Hospital São Paulo é a instituição responsável pela seleção dos profissionais aptos a receberem a dose da vacina. 

A Fundação Lemann, uma das financiadoras do projeto, afirmou em nota que há um caminho importante a ser percorrido pelos especialistas, antes que surjam os primeiros resultados. 

As infectologistas Dra. Lily Yin Weckx e Dra. Sue Ann Costa Clemens são as responsáveis por coordenarem os testes no Brasil. O país é o primeiro da America Latina escolhido para testar a vacina. O Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE), da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), atua na execução do projeto. 

Na fase atual, a iniciativa da Universidade de Oxford pretende testar 50 mil  pessoas em todo o mundo. 30 mil pessoas nos Estados Unidos, além de outros voluntários na África e Ásia. No Brasil, estima-se que 5 mil pessoas com idades entre 18 e 55 anos serão testadas. Os primeiros resultados deverão ser anunciados até setembro. 

O critério de seleção escolhido leva em conta o nível de exposição à contaminação. Além disso, os voluntários não podem ter contraído a doença antes. A vacina é considerada segura porque utiliza uma sequência genética em sua composição e não o vírus em si. A tecnologia que desenvolveu o imunizante é chamada de vetor viral recombinante.

O Brasil foi um dos países escolhidos para passar pela fase de testes em humanos, no entanto, o país pode não ter acesso às primeiras levas do produto. O governo brasileiro precisa assinar um acordo com a universidade para viabilizar a compra dos primeiros lotes. A medida está em análise no Ministério da Saúde e no Ministério da Economia.

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