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Saúde

Coronavírus: pesquisa de Harvard afirma que perda definitiva do olfato é improvável

Estudo também verificou que a recuperação do olfato dos pacientes infectados pode levar meses

Redação Jornal de Brasília

28/07/2020 12h39

De acordo com um estudo publicado pela Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, a contaminação pelo novo coronavírus não seria capaz de causar uma perda permanente do olfato. A explicação é que as células que são afetadas pela doença estão localizadas no nariz e serviriam apenas de suporte para a percepção de odores. Já as células responsáveis por transmitir os odores até o cérebro são os neurônios olfativos, e eles não seriam afetados pela infecção. 

No entanto, mais dados são necessários para confirmar a pesquisa, já que ainda não é possível saber como o Sars-Cov-2 altera o olfato. A pesquisa foi publicada na revista científica “Science”, na sexta-feira (24). O estudo também verificou que a recuperação do olfato dos pacientes infectados pode levar meses. No entanto, os neurônios sensoriais olfativos não são vulneráveis à infecção pelo novo coronavírus.

Por não possuir a proteína ACE2, utilizada pelo vírus para entrar na célula, os neurônios sensoriais olfativos não são afetados pela Covid-19. Entretanto, outras células que possuem a ACE2 são afetadas, como, por exemplo, as células que fornecem suporte metabólico e estrutural a esses neurônios.

Dessa forma, o estudo levanta a hipótese de que o Sars-Cov-2 não infecta diretamente os neurônios, mas interfere na função cerebral afetando as células vasculares no sistema nervoso. Isso faz com que muitas das pessoas que sofrem com a perda de olfato sequer sintam o desconforto do nariz “entupido”.

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