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Saúde

Baixa cobertura vacinal dificulta combate ao sarampo, diz médico

No país inteiro, são 2.331 casos. São Paulo lidera a lista com 2.299 casos confirmados, seguido do Rio de Janeiro com 12 e Pernambuco com 5 registros de infecção

Agência UniCeub

04/09/2019 18h28

Por Guilherme Gomes
Agência de Notícias UniCEUB/Jornal de Brasília

O Distrito Federal é a quinta unidade federativa com mais casos confirmados de sarampo. São três no total, de acordo com o último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde. No país inteiro, são 2.331 casos. São Paulo lidera a lista com 2.299 casos confirmados, seguido do Rio de Janeiro com 12 e Pernambuco com 5 registros de infecção. 

O documento mostrou que nos últimos três anos só Pernambuco atingiu a meta de 95% de cobertura vacinal da tríplice viral que também atua contra caxumba e rubéola. Para o médico infectologista Leandro Machado, há riscos quando se negligencia a vacina.

“A cobertura vacinal estava baixa e por conta disso tivemos um aumento nos casos de sarampo. Todas as pessoas precisam tomar a vacina, isso de acordo com o cartão de vacina e seguindo as campanhas do ministério da saúde”, alertou o especialista.  Nas crianças de até um ano, a cobertura que era total em 2016, caiu para 89,20% no ano seguinte, e para 87% em 2018.

Segundo a Secretaria de Saúde do DF, o sarampo é uma doença viral aguda similar a uma infecção no trato respiratório superior. O que pode dificultar o diagnóstico são os sintomas parecidos com a gripe. “Os sintomas são parecidos, é uma síndrome febril. A pessoa vai ter febre, dor, manchas no corpo e congestionamento nasal”, lembrou Leandro Machado. 

Outro dado alarmante do documento é a distribuição dos casos confirmados de sarampo por faixa etária. Além de 166 casos do estado de São Paulo sem informação de idade, os números ainda chocam. Pessoas com idade entre 20 e 29 anos lideram a distribuição com 753 casos registrados. Bebês e crianças com menos de um até nove anos de idade totalizam 618 casos confirmados. 

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Por mais que o sarampo seja uma doença com alta transmissibilidade, a letalidade da infecção  é baixa. O médico Leandro Machado ressaltou que o cuidado é diferente. “Não existe tratamento específico. Tratamos com sintomáticos (causa alívio em sintomas da doença) e nem sempre é necessário internação”.

Contudo, o quadro do paciente pode ter evoluções. “A letalidade é baixa, mas pode acontecer do paciente ter complicações como pneumonia ou meningite, isso pode evoluir para óbito”, esclareceu o médico. 

Sobre a intensificação das campanhas, o Ministério da Saúde por meio do boletim epidemiológico reforçou a importância de produzir uma estratégia midiática, nos diversos meios de comunicação, para informar os profissionais da saúde e população sobre o sarampo.  Por fim, o boletim informou que aqueles estados que alcançarem 12 ou mais semanas consecutivas sem novos casos, a circulação do vírus é considerado interrompida. 

 

 

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