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Saúde

Atividade física: natação é boa opção, mas com cuidados

Na luta para não ficar longe do esporte nem descuidar, procure academias atentas às regras sanitárias no DF

Lucas Neiva

25/01/2021 6h04

A necessidade de cuidar da saúde e ao mesmo tempo preservar o isolamento social para evitar o contágio da covid-19 é um equilíbrio desafiador para grande parte da população. A solução encontrada para muitos brasilienses é a busca pelas academias de natação, que oferecem uma alternativa viável de atividade física que não requer contato próximo com outros participantes.

Uma das pessoas que viu na natação uma oportunidade de poder cuidar melhor da saúde durante a pandemia é a musicista Maria Luísa Colusso, de 24 anos. “Eu achei que seria o melhor tipo de exercício para fazer agora porque seria o mais seguro. Eu me sinto bem praticando porque sei que cada um tem o seu espaço, com as raias mantendo uma boa distância entre elas”, afirma a jovem, que tem se cuidado e tomado todas as precauções possíveis para não contrair o novo coronavírus.

Para poder continuar recebendo alunos, uma série de mudanças tiveram de ser estabelecidas nas academias de natação.

“Limitamos as raias para que apenas haja uma pessoa por raia, isso tanto na parte infantil quanto na natação para adultos e hidroginástica, buscando manter o distanciamento dentro da piscina. Nossos profissionais fora da piscina atuam com máscaras, e os de dentro com proteções de acrílico”, relata a atendente Marcela da Cruz Lima, da academia Nadarte.

Precaução na escolha

Na hora de buscar o melhor local para praticar a atividade esportiva durante a pandemia, é preciso aumentar ainda mais a precaução. É o que alerta o médico infectologista José Davi Urbaez, pesquisador da Universidade de Brasília (UnB).

“Se a piscina for ao ar livre, a princípio é pequena a possibilidade de transmissão do novo coronavírus, então seriam locais seguros desde que o pessoal que administra essa piscina tenha todo um planejamento para evitar que as pessoas fiquem próximas. Agora em piscinas construídas em locais fechados, a situação é outra”, orienta o especialista.

Piscinas fechadas, de acordo com com o médico, precisam atender a uma série de requisitos para que possam ser utilizadas com segurança. “É necessário que esses locais ofereçam uma ventilação adequada, no sentido de promover fluxos de ar que renovem constantemente a massa de ar daquele ambiente. Nesse caso, há uma situação segura”, explica o médico infectologista e pesquisador José Davi Urbaez.

Alerta

O especialista também alerta que a sensação de segurança gerada pela presença do cloro na água é infundada, porque a quantidade colocada na piscina não é suficiente para evitar contaminações. Assim, é importante manter o distanciamento na água. “O hipoclorito de sódio que a gente usa na desinfecção de superfícies e de objetos tem uma concentração muito maior de cloro do que a água da piscina. A concentração do cloro nas piscinas é determinada com um outro objetivo”, explica.

Vestiários, banheiros e copas também exigem cuidados especiais. Por serem ambientes onde  costumeiramente não há ventilação e não é feita a utilização de máscaras, estes locais devem ser evitados.

“São locais de altíssima transmissão. (…) Não me recordo de já ter visto algum vestiário que tenha as condições de garantir uma circulação contínua de ar”, afirma o infectologista.

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