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Saúde

7 dicas para que as crianças tenham uma interação mais saudável com aparelhos eletrônicos

O uso moderado dos aparelhos tecnológicos pode ser muito positivo para as crianças, mas é preciso se precaver para que isso não tenha o efeito contrário

Lucas Neiva

17/06/2019 16h09

Redação
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É quase impossível hoje manter crianças e adolescentes longe das telas de celulares, computadores, televisões e tabletes. O acesso aos conteúdos digitais é cada vez mais precoce e a utilização dessas ferramentas é um processo fácil e intuitivo para as novas gerações, mas deixar as crianças expostas à luz das telas durante muito tempo pode comprometer o seu desenvolvimento, especialmente entre os 18 meses e os cinco anos de idade. 

É o que mostra uma pesquisa realizada com mais de 2,5 mil crianças de até dois anos de idade nos Estados Unidos e Canadá. O estudo foi publicado no periódico JAMA Pediatrics e conclui que habilidades importantes como linguagem, desenvolvimento motor e sociabilidade são prejudicadas com o uso prolongado dos dispositivos. Os pesquisadores falam ainda sobre a gravidade de expor crianças com menos de 18 meses às telas, esclarecendo que todo e qualquer uso deve ser evitado nessa fase 

É claro que o uso moderado dos aparelhos tecnológicos pode ser muito positivo para as crianças, mas é preciso se precaver para que isso não tenha o efeito contrário. Confira abaixo sete motivos para reduzir o acesso do seu filho aos dispositivos eletrônicos:

1. Olho no relógio. A Associação Brasileira de Pediatria, assim como a Associação Americana de Pediatria (AAP), recomenda que crianças de até 2 anos não tenham nenhum contato com equipamentos eletrônicos. Já as crianças entre 2 e 5 anos de idade não deveriam ultrapassar o limite de uma hora de exposição ao dia. Para as crianças com mais de 6 anos de idade, a recomendação é que o uso de equipamentos eletrônicos não ultrapasse o limite de duas diárias 

2. Marque presença. É importante acompanhar e interagir de forma positiva com as crianças durante o uso dos aparelhos, mostrando assim que a atividade não é sinônimo de isolamento físico ou emocional. Comentar filmes, cantar e dançar músicas ou ainda jogar videogames junto às crianças amplia a interação e auxilia no desenvolvimento infantil.

3 Prioridades. Quanto mais tempo dedicado a brincadeiras manuais, lúdicas e com interações físicas, maior será o desenvolvimento cognitivo das crianças. Por isso, é importante estabelecer uma rotina que incentive e priorize esse tipo de atividade, deixando os aparelhos eletrônicos em segundo plano.

4. Proteja a visão. A exposição à luz azul violeta visível (AVVL), emitida pelas telas eletrônicas e por lâmpadas de LED, pode causar danos irreversíveis aos olhos, especialmente nas crianças. Por isso, é muito importante fazer pausas a cada 30 minutos de utilização e estar atento aos possíveis problemas com a visão dos pequenos. No mercado também é possível encontrar lentes específicas para o público infantil que vive conectado. 

5. Zonas livres. Criar áreas na casa onde a utilização de aparelhos não é permitida é uma ótima alternativa para ampliar a interação familiar e reduzir o interesse em eletrônicos. Locais como o quarto das crianças e a sala de jantar são bons exemplos e evitam ainda que conteúdos inadequados sejam acessados sem o conhecimento dos pais. Deixar os celulares em algum lugar específico ao chegar em casa também é muito funcional e estabelece uma rotina coletiva para toda a família.

6 Atenção ao conteúdo. Mesmo com alternativas para rastrear e limitar o conteúdo acessado pelas crianças é importante estabelecer combinados com os filhos e reforçar a confiança neles em relação ao uso inteligente da internet. É importante fazer acordos sobre o que é permitido assistir, quando, como e por quanto tempo, além de também explicar que, mesmo na sua ausência os acordos deverão ser cumpridos. É fundamental alertar os pequenos sobre os perigos para protegê-los de eventuais ameaças.

7. Cuidado com o uso excessivo. É importante prestar atenção aos sinais de uso excessivo de equipamentos eletrônicos. Comportamentos como irritabilidade, falta de concentração, insônia e descontrole emocional, por exemplo, são indicativos importantes. Em alguns casos, a ajuda psicológica pode ser necessária.

Estadão Conteúdo

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