O cantor carioca Jorge Vercilo abre a temporada do Taguatinga Music de 2004, com um show hoje à noite no estacionamento G3 do Taguatinga Shopping. A apresentação faz parte das atrações do Especial das Mães que o shopping está promovendo.
É a primeira vez que o cantor vai se apresentar num shopping de Brasília, cidade onde já fez dois outros shows. O trabalho de Jorge Vercilo é uma mistura de ritmos, que vai da música negra norte-americana ao samba e reggae. Cresceu ouvindo Stevie Wonder, Michael Jackson e George Benson. Sofreu grande influência também de mestres da Música Popular Brasileira, como Caetano Veloso, Gilberto Gil e Djavan, desde os tempos que tocava violão, ainda na adolescência. “Eu sou um filho da MPB”, diz Jorge Vercilo, que chegou a estudar na Escola de Música Villa-Lobos, no Rio de Janeiro. Sua tia Lêda Barbosa foi a maior incentivadora para que ele seguisse a carreira artística. Lêda ficava impressionada com as poesias que o então garoto, Jorge, escrevia.
Lançado há dez anos, o albúm Encontro das Águas (Continental) conquistou aos poucos o público e o mercado fonográfico. Esse disco é um retrato dos ritmos que o influenciaram no início de sua carreira. Nele, Vercilo promove um verdadeiro Encontro das Águas, misturando samba, afoxé e até mesmo a salsa. Em Em Tudo Que é Belo (Continental), de 1996, o artista expõe um trabalho mais eclético, mostrando influências do reggae e fusões com ritmos orientais. Duas músicas desse disco se tornaram temas de novelas: Raios da Manhã, em O Fim do Mundo, da Rede Globo, e Infinito Amor em A Indomada, também da Rede Globo.
Em 2000, Jorge Vercilo realizou o grande sonho de sua vida: fez um dueto com o ídolo Djavan. Os dois gravaram juntos a música Final Feliz, que integrou o álbum Leve (Continental), lançado no mesmo ano. Pela primeira vez, o cantor gravava um disco com músicas de outros compositores, Apesar de Cigano, de Altay Veloso e Aladim, Quando a Noite Chegar, de Paulo Façanha e Beto Paiva, e Beatriz, de Chico Buarque e Edu Lobo. Em 2001, assinou com a EMI Music, que lançou o single Final Feliz.
Mas, foi em 2002, com o lançamento de seu quarto disco, Elo, que Vercilo caiu, de uma vez por todas, nas graças do público e das gravadoras. Sucessos como Que Nem Maré, Amanheceu e Fênix, essa última em parceria com Flávio Venturini, fizeram as vendas do álbum alcançarem a marca de 250 mil cópias vendidas.
Hoje à noite, Vercilo vai relembrar as músicas que mais marcaram a sua carreira e apresentar as faixas do seu último disco, intitulado Livre, que traz a música Monalisa, sucesso de execução nas rádios de todo o País. “Em Brasília, eu sempre tive uma receptividade muito calorosa. O público daí é muito cultural”, ressaltou Vercilo.
Atualmente, o cantor faz turnê pelo País e, quando está no Rio, grava com as cantoras Ana Carolina e Fátima Guedes. Em março, viajou pelo Nordeste e Norte do Brasil. Recentemente, apresentou-se pelo interior de São Paulo, Rio Grande do Sul e Paraná. Depois de Brasília, Vercilo volta à cidade natal, o Rio, para tocar, no próximo dia 22, no Claro Hall.