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Rituais de casamento

Arquivo Geral

01/10/2003 0h00

Quem assistiu a Desmundo , filme de Alain Fesnot, e teve uma noção de como se realizavam os contratos de casamento no Brasil Colônia, agora tem a oportunidade de compreender a evolução daquele ritual bizarro dos primórdios da civilização brasileira. Está nas livrarias o livro Entre o Reino de Deus e o dos Homens – A Secularização do Casamento no Brasil do Século XIX (Editora da UnB, 180 páginas), de Josette Magalhães Lordello, professora da Universidade Federal do Espírito Santo . Ela trata da secularização do casamento no Brasil e dos embates que essa questão provocou na sociedade do século XIX.

A construção de um imaginário laico em substituição àquele que a Igreja Católica alimentara desde o Concílio de Trento, pela via portuguesa, foi parte do atribulado processo, no momento em que o prenúncio do fim da escravidão fazia necessária a importação de mão-de-obra para as lavouras brasileiras.

Só a separação da Igreja do Estado como um dos primeiros atos da República nascente possibilitou a secularização do casamento, assunto em pauta nos púlpitos, nas assembléias e na sociedade, desde 1850. O livro mostra a saga, que tem como palco o Segundo Reinado e os primórdios da República, que antepunha o Reino de Deus ao Reino dos Homens, em face da existência de um imaginário inelutável, elaborado e alimentado de longa data pela Igreja Católica. Suplantar esse imaginário e retirar o monopólio do casamento da esfera do Direito Canônico foram tarefas das mais árduas, destaca o livro.

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    01/10/2003 0h00

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    A construção de um imaginário laico em substituição àquele que a Igreja Católica alimentara desde o Concílio de Trento, pela via portuguesa, foi parte do atribulado processo, no momento em que o prenúncio do fim da escravidão fazia necessária a importação de mão-de-obra para as lavouras brasileiras.

    Só a separação da Igreja do Estado como um dos primeiros atos da República nascente possibilitou a secularização do casamento, assunto em pauta nos púlpitos, nas assembléias e na sociedade, desde 1850. O livro mostra a saga, que tem como palco o Segundo Reinado e os primórdios da República, que antepunha o Reino de Deus ao Reino dos Homens, em face da existência de um imaginário inelutável, elaborado e alimentado de longa data pela Igreja Católica. Suplantar esse imaginário e retirar o monopólio do casamento da esfera do Direito Canônico foram tarefas das mais árduas, destaca o livro.

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