Será difícil para o cineasta britânico Ridley Scott repetir a mesma euforia conquistada com o filme Gladiador, em 2001. Ele teve salas lotadas, bilheteria devastadora e, de quebra, cinco Oscar. Scott aposta na mesma receita para sua nova superprodução Cruzada (Kingdom of Heaven, EUA, 2005), que estréia, hoje, em 15 salas de cinema da cidade.

No papel principal está o inglês Orlando Bloom, figura essencial em épicos norte-americanos como Tróia (Páris), a trilogia O Senhor dos Anéis (Legolas), Piratas do Caribe: A Maldição do Pérola Negra (Will Turner) e Ned Kelly (Joe Byrne). O astro repete em Cruzada o mesmo papel de jovem ferreiro habilidoso no manejo da espada que encarnou em Piratas do Caribe, ao lado de Johnny Depp.

O nome do ferreiro é Balian. Depois de ter esposa e filho assassinados, ele recebe a visita de seu pai Godfrey de Ibelin (Liam Neeson), um conceituado barão do rei de Jerusalém que lhe chama para dedicar a vida para manter a paz na Terra Santa. Ele se apaixona por Sybilla, a princesa irmã de Baduíno IV (Edward Norton, com rosto escondido por uma máscara). Baduíno, por sua vez, se opõe a um embate com os muçulmanos liderados pelo sultão Saladino, que viria a reconquistar a maioria das cidades perdidas pelo Islã para os cristãos. Após a morte do rei, o embate torna-se inevitável, e o exército de Saladino foeça Balian entregar Jerusalém ao domínio dos muçulmanos.