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Ney Matogrosso e a Parede

Arquivo Geral

07/05/2005 0h00

O intérprete camaleão Ney Matogrosso mostra uma de suas novas facetas no show Vagabundo – que traz, hoje, a Brasília, acompanhado da banda percussiva carioca Pedro Luís e a Parede. Não virá à capital federal o Ney purpurinado, escondido pela carregada maquiagem dos Secos & Molhados; nem mesmo a figura pacata que, há dois anos, esteve por aqui com um tributo ao sambista Cartola. Trata-se de um novo Matogrosso: ainda irreverente, porém, “vagabundo”, em sua própria definição.

“É no sentido de descomprometimento”, esclarece Ney em entrevista ao Jornal de Brasília. Segundo ele, sua personalidade de camaleão lhe permite transitar por estilos diferentes com facilidade. “Sou um intérprete que se dá ao luxo de desfrutar de tudo que a MPB tem a oferecer, sem preocupação com rótulos”, destaca. O termo vagabundo também pode ser empregado, de acordo com o cantor sul-mato-grossense, para caracterizar a própria concepção do show, baseado no CD homônimo lançado no ano passado. “Não tem uma direção. Quando passamos o disco para o palco, ele foi tomando uma forma espontânea, extrovertida, alegre”, diz.

Para Ney encontrar sintonia com Pedro Luís não demorou nada. “A gente se entendeu de cara. Quando ouvi pela primeira vez, adorei a música, as letras e desenvolvi uma admiração profunda pela Parede (formada pelos performáticos C.A.Ferrari, Sidon Silva, Celso Alvim e Mário Moura)”, admite. Ele não hesita em desfilar elogios aos afilhados cariocas: “A Parede é uma coisa mágica. São vários percussionistas que soam como se fossem um só tocando numa máquina. É muito intenso”.

A história de Ney Matogrosso coincide com parte dos primeiros anos da capital. Não foi onde tudo começou para Ney, no entanto, foi esta a creche que abrigou seus primeiros passos antes de integrar os Secos & Molhados, em 1971. “Brasília foi importante na minha formação. Foi onde cantei pela primeira vez e fiz minha primeira aula de teatro. Hoje, adoro o público, mas não tenho mais aquela ligação com a cidade”.

Há exatos um ano e um mês após a estréia da turnê Vagabundo, em Juiz de Fora (MG), no dia 7 de abril de 2004, Ney e Pedro Luís alcançam no show de hoje a marca de 80 apresentações pelo Brasil – com quatro passagens por Portugal. Eles deixaram a capital goiana na quinta-feira, desembarcam em Brasília e, na seqüência, fazem mais duas escalas antes de um merecido recesso: Uberlândia (MG) e Corumbá (MS), respectivamente amanhã e dia 21 deste mês.

O repertório será composto, na maioria, pelas canções que integram o álbum: as inéditas (ao menos nos palcos de Brasília) Transpiração, Interesse, Vagabundo, Jesus e Disritmia (de Martinho da Vila, só que com o tempero funk de Pedro Luís). Engrossam a lista de músicas da apresentação os clássicos na voz de Ney Sangue Latino, Napoleão e Balada do Louco; bem como as músicas essenciais da Parede, como Caio no Suingue e Seres Tupy. A banda que acompanha Ney e Pedro na turnê é formada ainda por Ricardo Silveira (guitarra), Pedro Jóia (violão e alaúde árabe) e Glauco Cerejo (sopros).

Encerrada a turnê conjunta com a banda carioca, Matogrosso diz que dará seqüência aos seus projetos pessoais, mas sempre terá um espaço para “fazer qualquer coisa com Pedro e a Parede”. “Há uma possibilidade para alguma coisa no futuro, mas não gosto de me ater a nada”, sugere Ney. O próximo trabalho do intérprete, conforme adiantou ao Jornal de Brasília, será a gravação de duas faixas no CD do músico Dan Nakagawa, ascendente compositor da cena pop paulistana.

serviço

Vagabundo – Show da turnê nacional de Ney Matogrosso e Pedro Luís e a Parede. Hoje, às 21h, no Academia Music Hall (Academia de Tênis, Setor de Clubes Sul, Trecho 4). Ingressos a R$ 120 (inteira, camarote), R$ 160 (inteira, poltrona) e R$ 800 (inteira, mesa para 4 pessoas).

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    Ney Matogrosso e a Parede

    Arquivo Geral

    07/05/2005 0h00

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    “É no sentido de descomprometimento”, esclarece Ney em entrevista ao Jornal de Brasília. Segundo ele, sua personalidade de camaleão lhe permite transitar por estilos diferentes com facilidade. “Sou um intérprete que se dá ao luxo de desfrutar de tudo que a MPB tem a oferecer, sem preocupação com rótulos”, destaca. O termo vagabundo também pode ser empregado, de acordo com o cantor sul-mato-grossense, para caracterizar a própria concepção do show, baseado no CD homônimo lançado no ano passado. “Não tem uma direção. Quando passamos o disco para o palco, ele foi tomando uma forma espontânea, extrovertida, alegre”, diz.

    Para Ney encontrar sintonia com Pedro Luís não demorou nada. “A gente se entendeu de cara. Quando ouvi pela primeira vez, adorei a música, as letras e desenvolvi uma admiração profunda pela Parede (formada pelos performáticos C.A.Ferrari, Sidon Silva, Celso Alvim e Mário Moura)”, admite. Ele não hesita em desfilar elogios aos afilhados cariocas: “A Parede é uma coisa mágica. São vários percussionistas que soam como se fossem um só tocando numa máquina. É muito intenso”.

    A história de Ney Matogrosso coincide com parte dos primeiros anos da capital. Não foi onde tudo começou para Ney, no entanto, foi esta a creche que abrigou seus primeiros passos antes de integrar os Secos & Molhados, em 1971. “Brasília foi importante na minha formação. Foi onde cantei pela primeira vez e fiz minha primeira aula de teatro. Hoje, adoro o público, mas não tenho mais aquela ligação com a cidade”.

    Há exatos um ano e um mês após a estréia da turnê Vagabundo, em Juiz de Fora (MG), no dia 7 de abril de 2004, Ney e Pedro Luís alcançam no show de hoje a marca de 80 apresentações pelo Brasil – com quatro passagens por Portugal. Eles deixaram a capital goiana na quinta-feira, desembarcam em Brasília e, na seqüência, fazem mais duas escalas antes de um merecido recesso: Uberlândia (MG) e Corumbá (MS), respectivamente amanhã e dia 21 deste mês.

    O repertório será composto, na maioria, pelas canções que integram o álbum: as inéditas (ao menos nos palcos de Brasília) Transpiração, Interesse, Vagabundo, Jesus e Disritmia (de Martinho da Vila, só que com o tempero funk de Pedro Luís). Engrossam a lista de músicas da apresentação os clássicos na voz de Ney Sangue Latino, Napoleão e Balada do Louco; bem como as músicas essenciais da Parede, como Caio no Suingue e Seres Tupy. A banda que acompanha Ney e Pedro na turnê é formada ainda por Ricardo Silveira (guitarra), Pedro Jóia (violão e alaúde árabe) e Glauco Cerejo (sopros).

    Encerrada a turnê conjunta com a banda carioca, Matogrosso diz que dará seqüência aos seus projetos pessoais, mas sempre terá um espaço para “fazer qualquer coisa com Pedro e a Parede”. “Há uma possibilidade para alguma coisa no futuro, mas não gosto de me ater a nada”, sugere Ney. O próximo trabalho do intérprete, conforme adiantou ao Jornal de Brasília, será a gravação de duas faixas no CD do músico Dan Nakagawa, ascendente compositor da cena pop paulistana.

    serviço

    Vagabundo – Show da turnê nacional de Ney Matogrosso e Pedro Luís e a Parede. Hoje, às 21h, no Academia Music Hall (Academia de Tênis, Setor de Clubes Sul, Trecho 4). Ingressos a R$ 120 (inteira, camarote), R$ 160 (inteira, poltrona) e R$ 800 (inteira, mesa para 4 pessoas).

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