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Menores de 7 anos não devem ver nada

Arquivo Geral

10/04/2003 0h00

A reação dos adultos pode afetar as crianças tanto como o que elas vêem na TV, de acordo com os especialistas. “Você não sabe se, de repente, verá uma imagem na televisão de crianças e mulheres mortas e também não sabe qual será o impacto dessas imagens em uma criança”, declarou Friedhelm Lamprecht, diretor de psicoterapia e psicossomática da Escola de Medicina de Hanover, na Alemanha.

Lamprecht recomendou que as crianças menores de sete anos não assistissem a nada relacionado com a guerra e que os menores de 14 anos não devem acompanhar a cobertura televisiva do conflito sem a supervisão de adultos, os quais devem checar o que pensam sobre a questão e lhes dar segurança.

Rita El-Khayat, especialista em psicologia infantil em Casablanca, capital marroquina, disse que relembrava sua própria infância, quando Marrocos lutava por sua independência da França. “Acho que os adultos tinham medo e isso é apavorante para uma criança porque se supõe que os adultos sejam seus protetores”, explicou.

El-Khayat está preocupada porque, talvez, nem todos os pais se esforcem para explicar os acontecimentos a seus filhos. A psicóloga acha que as imagens de televisão podem provocar ou reforçar sentimentos contra o Ocidente e contra os EUA. “O que as pessoas nos EUA não entendem é que essa guerra está criando uma geração de possíveis terroristas”, indicou.

Lembranças e conselhos Tony Flint, coordenador da Associação de Famílias e Veteranos da Grã-Bretanha, disse que a cobertura da guerra havia desencadeado lembranças desagradáveis e deprimido muitos veteranos. “Quando escuto soldados gritando “gás!”, minha reação imediata é parar e procurar uma máscara”, contou.

Alguns especialistas em saúde mental acreditam que as imagens de guerra poderiam estimular os instintos violentos do ser humano ou provocar uma ambivalência crescente com relação ao sofrimento alheio. “Podem estimular o instinto agressivo e brutal da natureza humana”, explicou Min Sung-gil, psiquiatra do Hospital Shinchon Severance, de Seul, Coréia do Sul.

Os especialistas coincidem no conselho para combater o estresse provocado pela guerra: evitar assistir aos noticiários sobre o conflito na TV.

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    Lamprecht recomendou que as crianças menores de sete anos não assistissem a nada relacionado com a guerra e que os menores de 14 anos não devem acompanhar a cobertura televisiva do conflito sem a supervisão de adultos, os quais devem checar o que pensam sobre a questão e lhes dar segurança.

    Rita El-Khayat, especialista em psicologia infantil em Casablanca, capital marroquina, disse que relembrava sua própria infância, quando Marrocos lutava por sua independência da França. “Acho que os adultos tinham medo e isso é apavorante para uma criança porque se supõe que os adultos sejam seus protetores”, explicou.

    El-Khayat está preocupada porque, talvez, nem todos os pais se esforcem para explicar os acontecimentos a seus filhos. A psicóloga acha que as imagens de televisão podem provocar ou reforçar sentimentos contra o Ocidente e contra os EUA. “O que as pessoas nos EUA não entendem é que essa guerra está criando uma geração de possíveis terroristas”, indicou.

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    Alguns especialistas em saúde mental acreditam que as imagens de guerra poderiam estimular os instintos violentos do ser humano ou provocar uma ambivalência crescente com relação ao sofrimento alheio. “Podem estimular o instinto agressivo e brutal da natureza humana”, explicou Min Sung-gil, psiquiatra do Hospital Shinchon Severance, de Seul, Coréia do Sul.

    Os especialistas coincidem no conselho para combater o estresse provocado pela guerra: evitar assistir aos noticiários sobre o conflito na TV.

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