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História para contar

Arquivo Geral

05/06/2005 0h00

O livro Estação Carandiru, do médico Drauzio Varella, chegou ao cinema em 2003 com apenas 26 dos 160 personagens do best-seller. No lançamento de Carandiru – filme de R$ 12 milhões visto por 4,8 milhões de espectadores que a Globo exibe amanhã, às 22h25 –, o diretor Hector Babenco disse que ainda tinha muita história para contar. A partir de sexta-feira, depois do Globo Repórter, estréia a série Carandiru e Outras Histórias, com direção geral de Babenco e orçamento de R$ 500 a 600 mil por cada um dos dez novos episódios. “As histórias estavam pedindo para serem contadas”, acredita Babenco, que chamou os diretores Roberto Gervitz (Jogo Subterrâneo) e Walter Carvalho (Cazuza – O Tempo Não Pára) para dividir os episódios.

O médico-narrador (Luiz Carlos Vasconcelos) é o único saído do filme presente nos dez episódios. No primeiro, O Julgamento, dois presos são submetidos às leis da cadeia. “A bandidagem se junta na cozinha porque quer matar um preso mais velho que dorme com a mulher do outro”, explica Luiz Carlos. Em 2002, antes da implosão de pavilhões da Casa de Detenção de São Paulo, ele acompanhou o dia-a-dia das consultas de Varella, que fez trabalho voluntário de prevenção à Aids por 13 anos na cadeia. Curiosidade: o palhaço Xuxu do episódio é Luiz, que levou para a série o tipo que faz nas ruas há 26 anos.

tipos de cinemaOs roteiros da série são assinados por Babenco, Victor Navas e Fernando Bonassi. “Reinventamos o universo que o Drauzio contou”, diz Babenco, que fez com a dupla nove versões para o roteiro do filme.

Os episódios da TV trazem alguns tipos do cinema. Como Ezequiel (Lázaro Ramos), viciado em crack e um dos 111 mortos no massacre de 2002 quando a polícia invadiu o pavilhão 9 para conter a rebelião. Ezequiel, o Azarado, mostra a vida do surfista antes da cadeia. “Fizemos filme para a TV com apenas seis dias para rodar”, conta Carvalho, que usou imagens da implosão do pavilhão 9 no episódio.

Já Deusdete (Caio Blat) reaparece em sonhos da ex-namorada (Sabrina Greve), que cai de amores por Kennedy (Sidney Santiago), filho do presidiário Nego Preto (Ivan de Almeida), em Pais e Filhos. “A única preocupação que tivemos na TV foi não mostrar o consumo de drogas”, conta o diretor Roberto Gervitz, que deu um toque especial ao episódio. Kennedy é rapper e conta sua história ao som da música.

Gervitz também dirigiu um dos episódios mais cômicos, Indulto de Natal, em que Majestade (Aílton Graça) tem de se dividir entre cear com Dalva (Luisa Maria Mendonça) ou ficar no hospital com sua outra mulher, Rosirene (Aída Lerner). “É tragicômico”, define.

Mas um casal polêmico do filme faz falta na série: o travesti Lady Di e o ex-viciado Sem Chance. Como Rodrigo Santoro e Gero Camilo alegaram falta de agenda, a dupla ganhou novos nomes e atores: Madona (Roberto Alencar) e Edelson (João Miguel), protagonistas de Love Story 1 e 2.

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    O médico-narrador (Luiz Carlos Vasconcelos) é o único saído do filme presente nos dez episódios. No primeiro, O Julgamento, dois presos são submetidos às leis da cadeia. “A bandidagem se junta na cozinha porque quer matar um preso mais velho que dorme com a mulher do outro”, explica Luiz Carlos. Em 2002, antes da implosão de pavilhões da Casa de Detenção de São Paulo, ele acompanhou o dia-a-dia das consultas de Varella, que fez trabalho voluntário de prevenção à Aids por 13 anos na cadeia. Curiosidade: o palhaço Xuxu do episódio é Luiz, que levou para a série o tipo que faz nas ruas há 26 anos.

    tipos de cinemaOs roteiros da série são assinados por Babenco, Victor Navas e Fernando Bonassi. “Reinventamos o universo que o Drauzio contou”, diz Babenco, que fez com a dupla nove versões para o roteiro do filme.

    Os episódios da TV trazem alguns tipos do cinema. Como Ezequiel (Lázaro Ramos), viciado em crack e um dos 111 mortos no massacre de 2002 quando a polícia invadiu o pavilhão 9 para conter a rebelião. Ezequiel, o Azarado, mostra a vida do surfista antes da cadeia. “Fizemos filme para a TV com apenas seis dias para rodar”, conta Carvalho, que usou imagens da implosão do pavilhão 9 no episódio.

    Já Deusdete (Caio Blat) reaparece em sonhos da ex-namorada (Sabrina Greve), que cai de amores por Kennedy (Sidney Santiago), filho do presidiário Nego Preto (Ivan de Almeida), em Pais e Filhos. “A única preocupação que tivemos na TV foi não mostrar o consumo de drogas”, conta o diretor Roberto Gervitz, que deu um toque especial ao episódio. Kennedy é rapper e conta sua história ao som da música.

    Gervitz também dirigiu um dos episódios mais cômicos, Indulto de Natal, em que Majestade (Aílton Graça) tem de se dividir entre cear com Dalva (Luisa Maria Mendonça) ou ficar no hospital com sua outra mulher, Rosirene (Aída Lerner). “É tragicômico”, define.

    Mas um casal polêmico do filme faz falta na série: o travesti Lady Di e o ex-viciado Sem Chance. Como Rodrigo Santoro e Gero Camilo alegaram falta de agenda, a dupla ganhou novos nomes e atores: Madona (Roberto Alencar) e Edelson (João Miguel), protagonistas de Love Story 1 e 2.

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