Menu
Promoções

Festival tem obra inédita no Brasil

Arquivo Geral

09/04/2003 0h00

Uma ópera do compositor Heitor Villa-Lobos será montada pela primeira vez no Brasil no fim deste mês, como parte do 7º Festival Amazonas de Ópera, que começa no dia 24, em Manaus.

Nos anos 40, Villa-Lobos recebeu de uma associação norte-americana a encomenda de um musical, a ser feito em parceria com os libretistas Frederick Hazlitt Brennan e Homer Curran e os letristas Robert Wright e George Forrest, na época bastante requisitados por Hollywood e pela Broadway, que juntos assinaram sucessos como Kismet e Grand Hotel. Ele hesitou de início, mas cedeu. O resultado é Magdalena, que estreou em Los Angeles, São Francisco e na Broadway em 1948.

História sobre uma índia às voltas com a proteção de sua aldeia de dominadores espanhóis, o musical é um dos destaques do 7º Festival Amazonas de Ópera. “É uma comédia típica dos anos 40, que segue uma linha comum no período de espetáculos pensados em locais exóticos. Kismet, por exemplo, um dos grandes sucessos da dupla Wright/Forrest, usa temas musicais do compositor russo Alexander Borodin para narrar uma história passada em Bagdá”, diz Cláudio Botelho, que assina a tradução para o português de Magdalena.

“É uma ópera muito interessante e maluca, trabalha vários planos: discute a fé cega, a revolução, a dominação espanhola no continente”, afirma Charles Müller, diretor do espetáculo, que terá regência da maestrina Lígia Amadio e um elenco formado por Rosana Lamosa, Fernando Portari, Homero Velho e Inácio de Nonno.

Magdalena será apresentada ao ar livre. O mesmo foi feito com a Cavalleria Rusticana do ano passado e, também nesta sétima edição, vai ocorrer com a produção de I Pagliacci, ópera de Leoncavallo que encerra, no fim de maio, o festival. A idéia é dar a chance a um número maior de pessoas de assistir a produções do evento, criado em 1997 e hoje o principal do gênero na América Latina. “Vou trabalhar com três planos de palco, no qual vão interagir os músicos, os membros do coro e os cantores”, adianta Müller.

Além de Magdalena, o Festival Amazonas dará continuidade, este ano, ao ciclo O Anel do Nibelungo, de Richard Wagner, com a ópera Siegfried. Terá, também, uma montagem da ópera La Cenerentola (A Cinderela) de Rossini, com elenco encabeçado pela meio-soprano Denise de Freitas.

A soprano Rosana Lamosa e o pianista Marcelo Bratke farão recital com canções de Claudio Santoro a partir de textos de Vinícius de Moraes, repertório gravado por eles para o selo Olympia. Estão previstos também concertos sinfônicos, com destaque para a sinfonia Romeu e Julieta, de Hector Berlioz.

    Você também pode gostar

    Festival tem obra inédita no Brasil

    Arquivo Geral

    09/04/2003 0h00

    Uma ópera do compositor Heitor Villa-Lobos será montada pela primeira vez no Brasil no fim deste mês, como parte do 7º Festival Amazonas de Ópera, que começa no dia 24, em Manaus.

    Nos anos 40, Villa-Lobos recebeu de uma associação norte-americana a encomenda de um musical, a ser feito em parceria com os libretistas Frederick Hazlitt Brennan e Homer Curran e os letristas Robert Wright e George Forrest, na época bastante requisitados por Hollywood e pela Broadway, que juntos assinaram sucessos como Kismet e Grand Hotel. Ele hesitou de início, mas cedeu. O resultado é Magdalena, que estreou em Los Angeles, São Francisco e na Broadway em 1948.

    História sobre uma índia às voltas com a proteção de sua aldeia de dominadores espanhóis, o musical é um dos destaques do 7º Festival Amazonas de Ópera. “É uma comédia típica dos anos 40, que segue uma linha comum no período de espetáculos pensados em locais exóticos. Kismet, por exemplo, um dos grandes sucessos da dupla Wright/Forrest, usa temas musicais do compositor russo Alexander Borodin para narrar uma história passada em Bagdá”, diz Cláudio Botelho, que assina a tradução para o português de Magdalena.

    “É uma ópera muito interessante e maluca, trabalha vários planos: discute a fé cega, a revolução, a dominação espanhola no continente”, afirma Charles Müller, diretor do espetáculo, que terá regência da maestrina Lígia Amadio e um elenco formado por Rosana Lamosa, Fernando Portari, Homero Velho e Inácio de Nonno.

    Magdalena será apresentada ao ar livre. O mesmo foi feito com a Cavalleria Rusticana do ano passado e, também nesta sétima edição, vai ocorrer com a produção de I Pagliacci, ópera de Leoncavallo que encerra, no fim de maio, o festival. A idéia é dar a chance a um número maior de pessoas de assistir a produções do evento, criado em 1997 e hoje o principal do gênero na América Latina. “Vou trabalhar com três planos de palco, no qual vão interagir os músicos, os membros do coro e os cantores”, adianta Müller.

    Além de Magdalena, o Festival Amazonas dará continuidade, este ano, ao ciclo O Anel do Nibelungo, de Richard Wagner, com a ópera Siegfried. Terá, também, uma montagem da ópera La Cenerentola (A Cinderela) de Rossini, com elenco encabeçado pela meio-soprano Denise de Freitas.

    A soprano Rosana Lamosa e o pianista Marcelo Bratke farão recital com canções de Claudio Santoro a partir de textos de Vinícius de Moraes, repertório gravado por eles para o selo Olympia. Estão previstos também concertos sinfônicos, com destaque para a sinfonia Romeu e Julieta, de Hector Berlioz.

      Você também pode gostar

      Assine nossa newsletter e
      mantenha-se bem informado