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Brasileiro Ernesto Neto expõe sua obra "Navedenga" no MoMA em N.York

Arquivo Geral

22/01/2010 0h00

Um dos artistas mais influentes da atualidade, o brasileiro Ernesto Neto mostra a partir de hoje no Museu de Arte Moderna (MoMA) de Nova York sua instalação “Navedenga”, uma de suas primeiras obras interativas de grandes dimensões.

A peça de Neto (Rio de Janeiro, 1964) é uma grande escultura construída em tecidos como a lycra e poliestireno, que foi realizada em 1998 e o museu nova-iorquino adquiriu há três anos, mas que ainda não havia apresentado ao público.

Até o próximo 26 de abril, “Navedenga” ocupará sozinha uma sala do MoMA, onde sua estrutura se mantém por meio de pequenos sacos de areia de diferentes pesos colocados estrategicamente para dar estabilidade à instalação e que passam a ideia de uma espécie de grande barraca de acampamento branca e retangular.

Segundo explicou à Agência Efe a comissária da instalação no museu, Nora Lawrence, “Navedenga” se destaca por seu “caráter orgânico” e seu traço “transitório e temporário”, porque, apesar da aparente grandiosidade, pode ser transferida “em uma simples mochila”.

Como explicaram os responsáveis pelo museu nova-iorquino, onde Neto já havia exposto algumas peças, a obra é interessante pelas “superfícies sensuais e arredondadas”, que evocam “o corpo humano usando materiais flexíveis e maleáveis que lembram a textura da pele”.

Desde o final da década de 90, Neto centrou sua produção na criação de ambientes por meio de esculturas realizadas com tela translúcida e “Navedenga” é um exemplo dessa tendência que propõe “uma experiência sensorial” porque está adornada com cravos aromáticos.

A forma e o título da obra (um neologismo criado por causa da palavra “nave”) lembram tanto uma nave espacial quanto um útero materno, disseram a partir de MoMA.

“Navedenga” faz parte de uma série de “naves” criadas por Neto que sugerem a ideia de uma viagem, íntima e ao mesmo tempo expansiva, feminina e masculina, compondo uma conjunção de opostos.

Esta série iniciou a mudança na trajetória do artista, que abandonou os limites convencionais em seus trabalhos para entrar em uma nova fase misturando as ideias de escultura e entorno.

Neto afirmou que se sente um herdeiro da geração anterior à sua, a dos artistas Lygia Clark e Hélio Oiticica, que impulsionaram a relação interativa entre obra e espectador.

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