De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), 30% da população mundial sofre de alergias. A asma é uma das que mais afetam o ser humano. A intolerância à poeira doméstica, pó, mofo, pólen de plantas, fumaça de cigarro, entre outras mil causas, funciona para o asmático mais ou menos como a cripitonita para o Super-Homem. Quem for ao cinema assistir o filme Diários de Motocicleta presenciará uma interpretação exata do que sofre um asmático. O ator Gael García Bernal dá um show, na pele de Che Guevara – que era asmático – quando jovem. O filme, do diretor brasileiro Walter Salles, está cotado para levar a Palma de Ouro do Festival de Cannes – que começou na quarta-feira –, o mais importante prêmio do cinema mundial depois do Oscar.
Mas o glamour em torno desta doença, confundida com bronquite, fica apenas nas telas. De acordo com a OMS, as previsões sobre as conseqüências dos processos alérgicos no mundo são ainda mais assustadoras. Os últimos dados da OMS revelam que até o fim deste século metade da população humana sofrerá de algum tipo de alergia.
O Brasil tem uma grande legião de alérgicos. Aproximadamente 35% dos brasileiros padecem desse mal. A maioria sofre de asma. E a asma mata cerca de duas mil pessoas por ano em nosso País. Essa doença é uma das grandes causas de internação no Sistema Único de Saúde (SUS).
A alergia não tem cura definitiva. Trata-se de uma autodefesa exagerada do próprio organismo a uma substância que a provoca. A poeira é um bom exemplo. Apesar de não ter cura definitiva, pode ser controlada com alguns cuidados simples, como evitar contato com pêlo de animais, poeira, mofo e fumaça de cigarro.
