Muitas cartinhas (e-mails, comentários pelas redes sociais, mensagens, ligações e cartas mesmo) chegam à redação de leitores incrédulos quanto ao pagamento dos reajustes das 32 categorias que esperam que o governador Rodrigo Rollemberg cumpra a promessa feita há quase um ano. Os reajustes, aprovados no governo de Agnelo Queiroz e que já foram questionados até no Tribunal de Justiça, deveriam ter sido pagos em setembro do ano passado. As expectativas não são as melhores. Ninguém, no Palácio do Buriti, crava com certeza que o aumento estará na conta dos servidores no início de novembro. Pessoas próximas ao governador dizem que intenção há, mas dinheiro não tem. Se pagar os reajustes, argumentam os entendidos do Executivo, há um temor de que os fornecedores e os próprios salários comecem a ser pagos com atraso. E aí a credibilidade do governo – que já não é lá essas coisas – fica ainda mais comprometida.
Certeza não há
Questionado sobre a intenção de pagar os servidores, o governo se manifestou por meio da Casa Civil e, em nota, informou que “trabalha para manter o acordo que prevê os reajustes a partir de outubro deste ano”.
Números
O reajuste está previsto para 32 categorias e, segundo a Casa Civil, beneficia cerca de 153 mil servidores, incluindo os inativos. O impacto dos reajustes é de aproximadamente R$ 100 milhões por mês.
Comemoração solidária
Vinte aprovados no último concurso de papiloscopista da Polícia Civil do DF, para comemorar o fim do curso de formação, doarão sangue, hoje, no Hemocentro de Brasília. “Não é a toa, que costumamos dar o melhor de nós a cada tarefa recebida”, comemorou o presidente da Associação Brasiliense de Peritos Papiloscopistas, Rodrigo Meneses, ao saber da intenção dos futuros servidores públicos.
10 mil terão de ser efetivos
O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou a Medida Provisória 731/16, que transforma 10.462 cargos em comissão de livre nomeação em funções comissionadas do Poder Executivo, de ocupação exclusiva por servidores públicos concursados. A matéria – que beneficia órgãos como Ministério da Educação, Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), o Poder Executivo, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e a Polícia Rodoviária Federal – será votada ainda pelo Senado.
Cheiro de guerra
Com acesso aos contra-cheques deste mês, os servidores da Saúde anteciparam assembleia para o dia 22, com indicativo de greve. O SindSaúde-DF argumenta que Rollemberg prometeu pagar o reajuste no início do mês de outubro e não de novembro.