Em greve há exatos 21 dias, servidores da assistência social do DF representados pelo Sindicato dos Servidores da Assistência Social e Cultural do GDF (Sindsasc) endurecem o movimento paredista. E garantem: só voltam ao trabalho quando o governo resolver negociar com a categoria. A direção do sindicato foi recebida pelo secretário da Casa Civil, Sérgio Sampaio, que insistiu no discurso da falta de dinheiro e nada prometeu aos servidores.
Reivindicações
Conforme o presidente do Sindsasc, Clayton Avelar, a pauta da categoria é extensa, mas foi reduzida a alguns tópicos, que são todos solenemente ignorados pelo Palácio do Buriti. Entre os pleitos, estão o pagamento do reajuste salarial já garantido por lei, incluindo o retroativo; a correção do valor do auxílio alimentação; a realização de concurso; volta do pagamento dos salários no último dia útil do mês; manutenção do orçamento da assistência social, que foi reduzido de R$ 140 milhões para R$ 90 milhões; a regulamentação da escala 24/72 horas, que nem impacto financeiro tem; e a concessão de plano de saúde para os servidores.
Números de difícil compreensão
A bronca das categorias com o governador Rodrigo Rollemberg é tão grande, que o sindicato vai pedir até direito de resposta a um anúncio publicado pelo Governo do DF, que diz que as entidades que representam os servidores nunca procuraram o Executivo para se inteirar sobre as contas públicas. “Temos até a resposta de um dos ofícios que enviamos, com o secretário da Fazenda, João Fleury, explicando que não abriria o Siggo para que tivéssemos acesso, ‘porque os números são de díficil compreensão’”, argumenta Avelar.
População penalizada
O sindicato calcula que pelo menos 20 das 27 unidades dos Centros de Referência da Assistência Social (Cras) estão completamente fechadas.
R$ 20 milhões para o Fundo de Saúde da PM
O Plenário da Câmara Legislativa aprovou o remanejamento de R$ 20 milhões do orçamento para o Fundo de Saúde da Polícia Militar. Os recursos, conforme a assessoria de comunicação da Casa, serão destinados ao reforço do custeio de serviços ambulatoriais médicos e odontológicos, atendendo a demandas dos policiais militares. O dinheiro vem do cancelamento de ações na área de transporte público.