Menu
Política & Poder

“Vocês querem me derrubar? Eu tenho couro duro”, afirma Bolsonaro em ataque à imprensa

Presidente se irritou após notícias que sinalizam uma possível negociação do governo quanto ao fim da estabilidade de servidores

Willian Matos

07/10/2019 12h04

Brazil’s President Jair Bolsonaro looks on during a launch ceremony of the government anti-crime project at the Planalto Palace in Brasilia, Brazil October 3, 2019. REUTERS/Adriano Machado

Willian Matos
[email protected]

Após negar possível conversa sobre o fim da estabilidade de servidores públicos, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) atacou a imprensa, acusando jornalistas de mentir, distorcer e difamar. As declarações foram dadas nesta segunda-feira (7), quando deixava o Palácio da Alvorada.

“Eu lamento a imprensa brasileira agir dessa maneira. O tempo todo mentindo, distorcendo, difamando. Vocês querem me derrubar? Eu tenho couro duro, vai ser difícil. Continuem mentindo”, disse o presidente. “Não dá para continuar com tanta patifaria por parte de vocês. Isso é covardia e patifaria. Nunca falei nesse assunto. Querem jogar o servidor contra mim”, prosseguiu.

Mais cedo, em postagem no Facebook, Bolsonaro já havia criticado a imprensa por conta do mesmo assunto. “Mais uma M-E-N-T-I-R-A da mídia. Nunca discuti esse assunto com quem quer que seja. Querem, a todo custo, agora me colocar contra os servidores”, disse.

Encontro com Maia

A suposta discussão sobre o fim da estabilidade dos servidores públicos teria acontecido com Maia no domingo (6), em um encontro fora da agenda no Palácio da Alvorada. A reunião aconteceu, e outros assuntos foram debatidos. Entre eles, a partilha dos recursos do megaleilão do pré-sal.

O governo defende dividir os R$ 106,5 bilhões previstos do bônus da assinatura do leilão, marcado para novembro, da seguinte forma: depois do pagamento de R$ 33,6 bilhões à Petrobrás, Estados, municípios e parlamentares ficariam, cada um, com 10%, o que corresponde a R$ 7,3 bilhões. O Rio teria R$ 2,19 bilhões e, a União, a fatia maior de R$ 48,9 bilhões. Maia afirmou a Bolsonaro que a proposta da equipe econômica não tem chance de passar no Congresso e defendeu a manutenção dos 15% para cada.

Com agências

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado