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Política & Poder

Vivo a guerra que o clã Bolsonaro organiza contra mim, diz Manuela D’Ávila

A candidata do PC do B à Prefeitura de Porto Alegre, Manuela D’Ávila, afirmou sofrer ataques da família do presidente

Redação Jornal de Brasília

23/10/2020 17h06

São Paulo, SP

A candidata do PC do B à Prefeitura de Porto Alegre, Manuela D’Ávila, afirmou sofrer ataques da família do presidente Jair Bolsonaro e que sua rejeição não é alta diante deste cenário.

“Vivo a guerra que o clã Bolsonaro organiza contra mim há muitos anos”, disse em sabatina da Folha de S.Paulo, em parceria com o UOL, transmitida nesta sexta-feira (23), ao comentar um post do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que chamava os gaúchos a se voluntariarem para uma guerra contra Manuela.

“É uma guerra que impôs violência física, inclusive a mim, a minha filha quando era ainda menor do que é, aos meus familiares. A minha vida, nos últimos anos, é uma vida atravessada pela violência, pela mentira, promovida, financiada, distribuída e organizada pelo gabinete do ódio e liderado pelos filhos do presidente da República”, disse.

“Inclusive, acho que ela [rejeição nas pesquisas] é bastante baixa diante dos ataques que eu sou alvo desde 2015, com um crescimento exponencial em 2018, que segue acontecendo agora”, afirmou Manuela, que foi vice na chapa de Fernando Haddad (PT) à Presidência.

Segundo a última pesquisa Ibope, Manuela lidera a disputa com 24% das intenções de voto. Ela também aparecia como a segunda com a maior taxa de rejeição, com 28%, atrás apenas do atual prefeito e candidato à reeleição, Nelson Marchezan Júnior (PSDB).

“Como pessoa que está entre os principais alvos dessas redes de ódio, dessas redes de mentira, dessas redes de destruição, da honra, do meu corpo, como vocês assistem na internet, da minha vida, da minha trajetória, acredito que estamos muito bem”, disse ao colunista do UOL Leonardo Sakamoto e à jornalista da Folha de S.Paulo Paula Sperb.

Questionada sobre como seguiria se relacionando com o presidente da República caso eleita, ela respondeu que seguirá “lutando para que o Brasil vença a violência política”.

“Serei uma prefeita que vai se relacionar com o presidente da maneira que acho que todos os prefeitos e prefeitas devem se relacionar. Disputando investimentos para o povo da minha cidade.”

Falando sobre os partidos de esquerda durante as eleições no país, Manuela disse: “Eu sei que nós queríamos estar mais unidos nas eleições municipais”. Mas, segundo ela, os partidos de esquerda “não estão totalmente divididos”.

A candidata afirmou que, durante a pandemia, sugeriu ao prefeito Marchezan um comitê de crise para a cidade, que foi negado.

“Entendo que a tomada de decisões numa pandemia que afeta, impacta a vida de toda a sociedade de maneira tão dramática, tenham que ser pactuadas, e eu imaginei, talvez ingenuamente, talvez abstraindo algumas características do prefeito, que seria bastante positivo para ele contar com aquela que seria, virtualmente, sua adversária. Porque é um símbolo, né? De uma unidade em defesa de uma pauta”, disse Manuela.

As informações são da Folhapress

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