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Política & Poder

Vídeo: Bolsonaro, sobre entrevista de Mandetta: “Eu não assisto à Globo”

Mandetta fez críticas a quem não respeita o isolamento social. Bolsonaro segue afirmando que isolar a população é algo desnecessário

Redação Jornal de Brasília

13/04/2020 9h20

O presidente Jair Bolsonaro preferiu não comentar a entrevista do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, ao programa Fantástico, da TV Globo. As falas de Mandetta foram ao ar na noite de domingo (12).

Perguntado a respeito, Bolsonaro disse apenas que não vê o canal. “Eu não assisto à Globo. Não vou perder tempo da minha vida assistindo a Globo, não é?!”, indagou. Veja:

Na entrevista, Mandetta fez críticas às pessoas que não estão respeitando o isolamento social necessário para que os casos de infecção pelo novo coronavírus não se espalhem muito rapidamente. O ministro disse que pessoas estão se aglomerando em padarias e supermercados. Na semana passada, Bolsonaro visitou duas padarias em Brasília, causando aglomeração nos comércios.

O ministro da Saúde ainda citou as notícias falsas que circulam na internet, dizendo que o coronavírus é uma invenção. Em grupos de WhatsApp de bolsonaristas e em perfis nas redes sociais de apoio ao presidente, as teorias negando o vírus e minimizando a doença são populares. “Tem muita gente que gosta da internet. Que vê que é fake news dizendo que é invenção de países para ganhar vantagem econômica ou vê complô mundial.”

Bastidores

A entrevista de Mandetta foi encarada por interlocutores e integrantes do Palácio do Planalto como uma provocação a Bolsonaro. Na avaliação inicial deles, o ministro não apenas voltou a contrariar as opiniões do presidente, mas a fala à emissora que o presidente costuma classificar como “inimiga” também foi vista como uma afronta.

Na avaliação de políticos, Mandetta usou a entrevista para marcar posição e mandar recado que não vai ceder. O ministro cobrou uma unificação do discurso para orientar a população. “Eu espero que essa validação dos diferentes modelos de enfrentamento dessa situação possa ser comum e que a gente possa ter uma fala única, uma fala unificada. Isso leva para o brasileiro uma dubiedade. Ele não sabe se escuta o ministro da Saúde, o presidente, quem é que ele escuta”, disse Mandetta.

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