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Política & Poder

Vem aí a CPI da Lava Jato

Líderes da oposição trabalham para colher assinaturas para a instalação da CPI da Lava Jato

Willian Matos

10/06/2019 9h07

Sérgio Moro. Foto: Agência Brasil

Lindauro Gomes
[email protected]

Líderes de partidos da oposição trocaram telefonemas na noite do último domingo (9) para combinar o que deverão fazer depois da divulgação pelo site The Intercept Brasil, que mostrou mensagens que deixam mal o procurador da República e coordenador da Lava Jato, Deltan Dallagnol, e o ex-juiz federal e hoje ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro.

Acertaram que, desde já, começarão a colher assinaturas para a instalação da CPI da Lava Jato. Partidos do chamado Centrão deram sinais de que poderão apoiar a ideia.

O deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ) sinalizou, pelo Twitter, que quer ouvir Moro sobre as conversas com Dallagnol.

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB-MA), também se pronunciou sobre o escândalo denunciado pelo The Intercept, fazendo uma analogia a um jogo de futebol.

A deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), que também é presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), frisa para as denúncias que fazia antes da história vir à tona.

O caso

Reportagens publicadas neste domingo pelo site The Intercept Brasil mostram que Moro trocou mensagens com Dallagnol, coordenador da Lava Jato, dando orientações sobre as investigações da força-tarefa em Curitiba.

De acordo com o The Intercept, Moro deu conselhos, antecipou decisões e cobrou ações da força-tarefa. As reportagens mostram que o coordenador da força-tarefa da Lava Jato tinha dúvidas pessoais quanto ao conteúdo da denúncia contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no caso triplex. Também acusam uma suposta atuação irregular entre Moro e Deltan.

Em nota divulgada neste domingo, força-tarefa do Ministério Público Federal no Paraná diz que divulgação de conversas de seu coordenador Deltan Dallagnol com o ex-juiz Sérgio Moro são fruto de ação deu um hacker ‘que praticou os mais graves ataques à atividade do Ministério Público, à vida privada e à segurança de seus integrantes’.

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