O Superior Tribunal de Justiça (STJ) formou maioria, na tarde desta quarta-feira (2), pelo afastamento do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel. A Corte Especial do Tribunal decidiu, por 10 votos a 1, manter a medida cautelar decretada no âmbito da Operação Trin in Idem, em que Witzel é apontado como suposto mandatário de uma organização criminosa que teria loteado diferentes secretarias do governo do Rio. Ainda faltam quatro ministros para finalizarem seus votos.
Witzel se pronunciou por meio das redes sociais, afirmando que respeita a decisão do STJ e compreende “a conduta dos magistrados diante da gravidade dos fatos apresentados. Mas, reafirmo que jamais cometi atos ilícitos”. Veja:
Respeito a decisão do Superior Tribunal de Justiça. Compreendo a conduta dos magistrados diante da gravidade dos fatos apresentados. Mas, reafirmo que jamais cometi atos ilícitos.
— Wilson Witzel (@wilsonwitzel) September 2, 2020
As investigações contra o governador afastado vieram à tona durante a Operação Placebo que, em maio, fez buscas contra o governo fluminense. Ele também foi mencionado durante a Operação Favorito, da Lava Jato, que prendeu o empresário Mário Peixoto, acusado por chefiar um esquema que causou danos de R$ 100 milhões para a Saúde do Estado. Witzel também estava presente na delação feita pelo ex-secretário de Saúde, Edmar Santos.
A junção dessas três investigações geraram a Operação Trin in Idem que, na última sexta-feira (28), cumpriu 17 mandados de prisão, sendo seis preventivas e 11 temporárias. Além de Witzel, que foi afastado do cargo, foram presos o presidente do PSC, Pastor Everaldo, o ex-secretário de Desenvolvimento Econômico do Rio Lucas Tristão e o ex-prefeito de Volta Redonda, Gothardo Lopes Netto.
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