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Política & Poder

Tebet: sessão com Moro será tranquila na condução, mas não nos questionamentos

Moro chegou à CCJ por volta das 9h15. A sessão foi aberta por Simone Tebet às 9h18

Willian Matos

19/06/2019 9h41

Brazil’s Justice Minister Sergio Moro attends a ceremony at the Justice Ministry headquarters in Brasilia, Brazil June 13, 2019. REUTERS/Adriano Machado

A presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Simone Tebet (MDB-MS), afirmou que a audiência com o ministro da Justiça, Sergio Moro, será tranquila na condução, mas não no conteúdo dos questionamentos.

“De acordo com o sentimento ou a tendência ideológica, não tem como o senador deixar de expor a sua ideia, o seu pensamento, a respeito da gravidade ou não do assunto, mas em relação à forma acho que vai ser muito tranquilo”, disse Simone ao chegar para a audiência.

Ela afirmou que vai estabelecer ordem e deixar o ministro à vontade para responder ou não às perguntas. Além disso, a presidente da CCJ prometeu convidar ainda nesta semana o coordenador da Lava Jato no Ministério Público Federal do Paraná, Deltan Dallagnol, para uma audiência no colegiado. 

Moro chegou por volta das 9h15 à comissão. A sessão foi aberta por Simone Tebet às 9h18. Moro vai ao Senado um dia depois de novas mensagens divulgadas pelo site The Intercept Brasil, nas quais o ex-juiz teria questionado, em 2017, uma investigação envolvendo o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

O ministro terá 30 minutos para fazer uma exposição inicial. Na sequência, cada senador terá cinco minutos para fazer perguntas. Moro terá cinco minutos para responder, além de dois minutos para réplica e outros dois para tréplica. As inscrições para os senadores começaram mesmo antes do início da audiência. O primeiro a chegar, às 7h45, e a se inscrever foi o líder do PDT, Weverton (MA). A segunda foi a senadora Soraya Thronicke (PSL-MS).

A estratégia de governistas é defender Moro no colegiado atacando a invasão de celulares e classificando como normais os contatos entre magistrados e procuradores. Já a oposição quer concentrar as perguntas no conteúdo das mensagens divulgadas, questionando o ministro sobre sua conduta enquanto juiz da Lava Jato. Alguns parlamentares ponderam que ainda querem aguardar novas revelações do caso.

Estadão Conteúdo


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