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Política & Poder

Senador pilhado com R$ 33 mil na cueca já bateu pesado na corrupção, atacou políticos ‘sem vergonha’ e cobrou ‘ordem’ no País

Em fevereiro do ano passado, recém-eleito senador após duas décadas consecutivas atuando como deputado, Chico defendeu a necessidade de impôr ‘ordem’ para acabar com a corrupção que ‘tem contaminado levas e mais levas de políticos’

Redação Jornal de Brasília

16/10/2020 17h21

Flagrado pela Polícia Federal com R$ 33,1 mil na cueca e investigado pelo desvio de recursos de emendas parlamentares destinados ao combate à pandemia, o senador Chico Rodrigues (DEM-RR) usou a tribuna para fazer um discurso inflamado de combate à corrupção em seu primeiro pronunciamento na Casa.

Em fevereiro do ano passado, recém-eleito senador após duas décadas consecutivas atuando como deputado, Chico defendeu a necessidade de impôr ‘ordem’ para acabar com a corrupção que ‘tem contaminado levas e mais levas de políticos’.

“A palavra que nosso País mais precisa hoje é ordem”, afirmou. “Ordem para acabar com a corrupção que se instalou em tantos setores da vida do nosso tão amado Brasil e que tem contaminado pelo mau exemplo levas e mais levas de políticos, servidores públicos e empresários que não têm o mínimo pudor e vergonha de causar tantos danos ao nosso povo”, completou Rodrigues em seu pronunciamento.

O senador também afirmou que havia sido ‘convocado pelo povo de Roraima’ . “Aqui estou para servir meu Estado e minha nação, porque esta terra é a razão da minha vida”, disse.

Em outra fala, em março do ano passado, a despeito do extenso currículo na vida pública, defendeu a renovação na política. “Brasil acima de tudo. Não é apenas uma exclamação com viés patriótico ou partidário, mas uma imposição para todos nós. A população foi às ruas pedir mudanças. Votou e conseguir mudar radicalmente o Executivo e Legislativo”, disse.

Após ter sido descoberto por policiais federais tentando ocultar dinheiro na cueca durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão na Operação Desvid-19, na última quarta-feira, 14, o senador deixou a função de vice-líder do governo. O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), também determinou o afastamento da função por 90 dias, mas a decisão ainda precisa ser validada pelo Senado.

COM A PALAVRA, O SENADOR

“Acredito na justiça dos homens e na justiça divina. Por este motivo estou tranquilo com o fato ocorrido hoje em minha residência em Boa Vista, capital de Roraima. A Policia Federal cumpriu sua parte em fazer buscas em uma investigação na qual meu nome foi citado. No entanto, tive meu lar invadido por apenas ter feito meu trabalho como parlamentar, trazendo recursos para o combate ao Covid-19 para a saúde do Estado.

Tenho um passado limpo e uma vida decente. Nunca me envolvi em escândalos de nenhum porte. Se houve processos contra minha pessoa no passado, foi provado na justiça que sou inocente. Na vida pública é assim, e ao logo dos meus 30 anos dentro da política conheci muita gente mal intencionada a fim de macular minha imagem. Ainda mais em um período eleitoral conturbado como está sendo o pleito em nossa capital.

Digo a quem me conhece que, fiquem tranquilos. Confio na justiça, vou provar que não tenho, nem tive nada a ver com qualquer ato ilícito. Não sou executivo, portanto, não sou ordenador de despesas, e como legislativo sigo fazendo minha parte trazendo recursos para que Roraima se desenvolva. Que a justiça seja feita e que se houver algum culpado que seja punido nos rigores de lei.”

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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