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Política & Poder

“Se ele for para a lua, eu vou com ele.”Diz Eduardo Bolsonaro

Eduardo confirmou que haverá uma reunião amanhã, às 16h no Palácio do Planalto junto com a maioria dos deputados do PSL

Lindauro Gomes

11/11/2019 18h46

Brazilian Deputy Eduardo Bolsonaro, son of Brazilian President Jair Bolsonaro, holds a Brazilian national flag during the Conservative Political Action Conference (CPAC), in Sao Paulo, Brazil, on October 11, 2019. (Photo by NELSON ALMEIDA / AFP)

Da Redação
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O líder da bancada do PSL na Câmara, deputado Eduardo Bolsonaro (SP), disse que é provável que o pai, o presidente da República Jair Bolsonaro, anuncie amanhã sua saída do partido.

“Não sei se é isso que ele vai fazer amanhã. Eu acho provável? Acho provável. Agora, quem der um furo desse, eu não posso confirmar. O que tudo indica é que sim, mas a gente vai ver. A gente vai bater um papo com a maioria da bancada dos deputados do PSL para ver como vai ficar essa situação.”

Ele disse que se for essa a decisão de Bolsonaro, a maioria dos deputados deve acompanhar.

“Mas não é uma ditadura não, quem quiser ficar no PSL, à vontade. A gente vai bater um papo amanhã”, afirmou. “Se ele for para a lua, eu vou com ele.”

Eduardo confirmou que haverá uma reunião amanhã, às 16h no Palácio do Planalto junto com a maioria dos deputados do PSL. “Ressalvado meia dúzia ali que tem entrado em conflito frontal com o presidente para decidir essa questão partidária”, disse.

“Se vai ser um novo partido ou se vai ser migrar para um já existente ou ainda quais deputados estão dispostos a fazer isso, vamos decidir amanhã nessa reunião. É um momento chave para os deputados que estão no PSL.”

CCJ

O líder do PSL na Câmara, disse que a bancada trabalha para avançar com a proposta de emenda constitucional que trata da segunda instância na Câmara. Uma sessão da Comissão de Constituição, Cidadania e Justiça (CCJ) foi marcada para às 14h desta segunda-feira, 11, para tratar o tema, mas até às 17h o quórum mínimo de 34 deputados não tinha sido atingindo para dar início aos trabalhos

“Já é uma rotina diferenciada quando tem feriado aqui o presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ) chama sessão para segunda, isso tende a dificultar, os parlamentares tendem a readequar sua rotina, às vezes chegam mais tarde. Mas se for bem costurado e bem tratado, até amanhã a gente consegue esse voto”, afirmou Eduardo Bolsonaro.

“O que a gente está fazendo aqui junto com presidente da CCJ, Felipe Franceschini (PSL-PR), é contando quais deputados votariam a favor da prisão em segunda instância. É trabalhar para ver se pelo menos essa semana a gente consegue dar essa satisfação para a sociedade que está revoltada não só com a saída do Lula, mas com a possibilidade de saída de mais criminosos”, disse.

Eduardo ponderou que acha difícil vencer todos os requerimentos do chamado kit obstrução para que a PEC seja votada ainda essa semana.

“Os apoiadores do Lula vão obstruir a prisão em segunda instância porque eles sabem que daqui a pouco vai haver o julgamento do sítio em Atibaia em segunda instância.”

Sobre a possibilidade do texto que está na CCJ ser considerado inconstitucional, Eduardo minimizou a questão. “Se nós aqui que somos o poder legislativo, somos os competentes para inovar até mesmo a Constituição, eu não vejo de maneira alguma inconstitucionalidade nisso. Acho que até o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli, já sinalizou nesse sentido, quando ele disse que cabe ao Congresso fazer algum tipo de reparação se assim for pertinente”, afirmou.

 

Estadão Conteúdo

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