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Política & Poder

Russomanno gruda imagem na de Bolsonaro e diz estudar auxílio emergencial extra para SP

Segundo o deputado, ele conversou com Bolsonaro a respeito de possíveis soluções ao notar que as pessoas poderiam passar fome na pandemia do coronavírus

Redação Jornal de Brasília

29/09/2020 13h50

Carolina Linhares
São Paulo, SP

O deputado federal Celso Russomanno (Republicanos), candidato que lidera a corrida eleitoral em São Paulo segundo o Datafolha, afirmou que estuda criar um auxílio emergencial paulistano, mas não detalhou valores nem como o Orçamento da prefeitura iria bancar o benefício.

“Estamos estudando um auxílio paulistano, que seria um complemento ao que o governo federal está fazendo. Agora, com muito critério para saber de onde a gente vai tirar dinheiro para que o município continue investindo e continue com suas atribuições”, afirmou ele nesta terça-feira (29).

Russomanno, que recebeu sinalizações de apoio do presidente Jair Bolsonaro, elogiou a iniciativa do auxílio emergencial federal e buscou se associar a ela, insinuando que sugeriu a iniciativa.

Segundo o deputado, ele conversou com Bolsonaro a respeito de possíveis soluções ao notar que as pessoas poderiam passar fome na pandemia do coronavírus.

“Eu disse: ‘Presidente, nós corremos o risco grave de as pessoas começarem a buscar os estabelecimentos comerciais para buscarem alimento, porque elas não têm o que comer’ [sic]. E dessa discussão saiu o auxílio emergencial”, afirmou.

Russomanno ainda criticou indiretamente o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), e o governador João Doria (PSDB), ao dizer que a ajuda na pandemia veio só de Bolsonaro.

“Bolsonaro foi o único que estendeu a mão para essa população. Você conhece algum programa do governo do estado e do município de São Paulo de auxílio emergencial?”, questionou.

O auxílio emergencial federal, porém, só está garantido até dezembro. O governo Bolsonaro prorrogou o auxílio para mais quatro parcelas, além das cinco já garantidas, mas diminuiu o valor pela metade -de R$ 600 para R$ 300.

O candidato minimizou o fato de que o próprio presidente, a princípio, propôs um auxílio de R$ 200, que só foi ampliado para R$ 600 por iniciativa do Congresso.

“Isso é uma coisa da democracia, senão a gente não precisava ter Congresso. Eu fui um dos que defenderam que precisava ser um pouco mais alto [o valor]”, declarou o postulante.

Russomanno evitou responder se terá o apoio de Bolsonaro e afirmou apenas que são amigos. Nos bastidores, contudo, membros da campanha dão como certo que ele terá um empurrão do presidente e que esse pode ser o seu trunfo na terceira tentativa seguida de chegar à prefeitura.

Nesta terça-feira, Bolsonaro disse em suas redes sociais que o auxílio emergencial do governo federal, que deve ser pago até dezembro, “infelizmente para os demagogos e comunistas, não pode ser para sempre”.

O presidente fez a afirmação ao reagir às críticas ao financiamento do Renda Cidadã, programa anunciado para substituir o Bolsa Família. Ele disse que a iniciativa é parte dos esforços de seu governo para “se antecipar aos graves problemas sociais que podem surgir em 2021”.

“Eu estou pensando em 2021, pois temos milhões de brasileiros que perderam seus empregos ou rendas e deixarão de receber o auxílio emergencial a partir de janeiro de 2021”, escreveu Bolsonaro.

O presidente disse ainda que nunca se preocupou com reeleição e que não anunciou o programa social na tentativa de aumentar as chances de ser reeleito em 2022.

“Minha crescente popularidade importuna adversários e grande parte da imprensa, que rotulam qualquer ação minha como eleitoreira. Se nada faço, sou omisso. Se faço, estou pensando em 2022”, disse.

As informações são da FolhaPress

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