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Política & Poder

Resposta vai ser ‘não’ a novo imposto nos moldes da CPMF, diz Maia

“Qual país razoavelmente organizado, estrutura seu sistema tributário com CPMF?”, questionou o presidente da Câmara, Rodrigo Maia

Redação Jornal de Brasília

19/12/2019 13h55

“A Câmara não vai criar um novo CPMF”, afirmou o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), nesta quinta-feira, 19, em café com jornalistas na residência oficial da Câmara. “Imposto sobre movimentação financeira ou o nome que você queira dar, a resposta é não”, enfatizou.

Segundo ele, a Câmara será contra a criação de qualquer novo imposto. “As pessoas estressam muito com temas que são de responsabilidade do parlamento. O parlamento que cria ou não cria a CPMF. E não vai criar a CPMF”, insistiu.

Confrontado com a possibilidade de o governo insistir na criação de uma nova CPMF para compensar a desoneração da folha, Maia destacou que a carga da mão de obra no resto do mundo é mais baixa que no Brasil e não tem CPMF.

“Qual país razoavelmente organizado, estrutura seu sistema tributário com CPMF?”, questionou ele. “Estamos convencidos de que não há espaço para isso”, respondeu também sobre a ideia levantada pelo governo sobre um imposto sobre transições digitais.

Economia

O presidente da Câmara avaliou ainda que a economia brasileira poderia ter crescimento mais, não fossem declarações dadas pelo presidente e pessoas próximas a ele sobre o AI-5 e as queimadas na região amazônica. “A economia ia crescer mais. Não cresceu culpa dessas declarações (AI-5 e queimadas). Essas declarações atrasam entradas (investimentos)”, afirmou.

E acrescentou: “Discurso atrapalha o Brasil, mas atrapalha o governo do próprio presidente.”

Maia disse que, para o País ter crescimento maior, precisa de poupança externa.

Parlamento não pode ter ambiente de guerra civil entre entes federados, diz Maia

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta quinta-feira, 19, que não é possível transformar o Parlamento em um ambiente de guerra civil entre os entes federados. A afirmação foi feita durante café da manhã com jornalistas na residência oficial da Câmara ao comentar a situação fiscal de prefeituras e Estados, como a do Rio de Janeiro.

“A melhor forma de recuperar receita para o Rio é reorganizar a cidade, aprovar o plano Mansueto e produzir uma regra nova para incluir Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Vai ter que pensar numa transição. Se não fosse a recuperação fiscal, o Rio ia estar quebrado”, disse, afirmando que tirar receita de Brasília de médio prazo não vai resolver o problema.

Estadão Conteúdo

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