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Política & Poder

‘Reconheço mérito, mas correções podem ser feitas’, diz Marques sobre Lava Jato

“Não há um brasileiro, membro do Ministério Público ou magistrado que não reconhece os méritos de qualquer operação do Brasil”, afirmou

Redação Jornal de Brasília

21/10/2020 12h15

Foto: Agência Brasil

O desembargador Kassio Nunes Marques, indicado para o Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que apoia todas as operações feitas no País quando questionado sobre a Lava Jato. Ele ponderou, no entanto, que correções precisam ser feitas se houver ilegalidades nessas investigações. O magistrado é sabatinado nesta quarta-feira, 21, pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.

“Não há um brasileiro, membro do Ministério Público ou magistrado que não reconhece os méritos de qualquer operação do Brasil”, afirmou o magistrado, declarando que as operações são legitimadas com a participação do MP, do Judiciário e de autoridades policiais. Ele afirmou que, se houver ilegalidade, “essas correções podem ser feitas”. “Nada é imutável”, declarou após questionamentos do senador Lasier Martins (Pode-RS).

A indicação do desembargador para o Supremo Tribunal Federal foi criticada pela ala lavajatista do Senado, que viu na escolha do presidente Jair Bolsonaro uma tentativa para aumentar o quadro do STF crítico à Lava Jato. O desembargador evitou se posicionar se é favorável ou não a uma revisão na prisão após condenação em segunda instância – possibilidade derrubada pelo Supremo. “O quadro atual é de devolução dessa matéria para o Congresso Nacional. Talvez seria muita pretensão da minha parte tentar, a não ser que seja convidado para uma comissão ou foro específico, dar colaboração jurídica para construção dessa norma”, afirmou.

Estadão Conteúdo

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