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Política & Poder

Rafael Prudente preside Câmara Legislativa do DF

Arquivo Geral

27/12/2018 7h00

Atualizada 26/12/2018 22h21

Foto: Myke Sena

Eric Zambon
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O deputado distrital reeleito Rafael Prudente (MDB) conta com o apoio de 16 colegas da próxima legislatura para chegar à presidência da Câmara Legislativa do DF (CLDF). Um almoço na última sexta-feira selou o compromisso que definiu também Rodrigo Delmasso (PRB) na vice-presidência, Iolando (PSC) na primeira secretaria, Robério Negreiros (PSD) na segunda secretaria e João Cardoso Professor-Auditor (Avante) na terceira secretaria da Mesa Diretora. A eleição será feita em 1º de janeiro.

O acordo foi oficializado na forma de um documento assinado pelos 17 parlamentares, e agora Prudente espera que seja cumprido. “Acordo é acordo. Fizemos um compromisso, combinando as principais posições. Assinamos a formação de um bloco partidário que vai ser publicado dia 1º de janeiro”, disse.
Caso a composição se confirme no dia da votação, seria a primeira vez de Prudente em uma posição de maior destaque na Casa – ele não ocupou presidência de comissões nem cargos na Mesa Diretora na última legislatura – e o retorno de Robério à segunda secretaria.

Com missões

Com a situação das funções principais praticamente definidas, as atenções se voltam para as Comissões Permanentes da CLDF. São nelas que projetos de qualquer origem tramitam antes de irem a votação em plenário, portanto são nelas que as propostas podem prosperar ou morrer.

Aquela que serve como último filtro antes de a matéria ser apreciada e votada pelos 24 deputados, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), deve ser presidida pelo novato Reginaldo Sardinha (Avante). Agaciel Maia (PR) está bem cotado para regressar à Comissão de Economia, Orçamento e Finanças (CEOF), que já preside.

A Comissão de Assuntos Fundiários (CAF), que foi fundamental para, enfim, encerrar a tramitação da Lei de Uso e Ocupação do Solo (Luos) na CLDF, este ano, deve ficar para Hermeto (PHS). A Comissão de Transportes e Mobilidadade, novidade a partir de 2019, tem grandes chances de cair para outro estreante, Valdelino Barcelos (PP).

As seis comissões restantes são matéria de constante negociação, o que pode, até, mudar os acordos firmados para o Ano-Novo.


Entrevista / Rafael Prudente

Dos bastidores ao holofote

O distrital Rafael Prudente (MDB) é filho do ex-deputado Leonardo Prudente, que também presidiu a Câmara durante o governo José Roberto Arruda. Durante seu primeiro mandato, porém, Rafael passou longe do protagonismo. Fez uma oposição moderada a Rollemberg, tendo ajudado, por exemplo, a aprovar a criação do Instituto Hospital de Base (IHB), e se manteve afastado de cargos de maior destaque. O próprio parlamentar reconhece que isso pode tê-lo ajudado na briga pela reeleição, por ter conseguido prestar mais atenção aos eleitores. Com a ascensão de Ibaneis (MDB) ao Buriti, contudo, ele aumenta suas ambições, ganhando espaço para articulação. Tem proximidade com o governador eleito.

O governador eleito participou da escolha para você presidir a Câmara?

Ibaneis acompanha, claro, mas não participa. Fizemos aquele almoço (na última sexta) e aquilo ali possivelmente vai ser foto da base do governador na Casa. São as pessoas que têm um projeto parecido com ele.

E já há preferência ou definições para ocupar as Comissões?
Não existe nada definido, o que existe é um diálogo franco para que haja um grande acordo. A ideia é uma composição para cada membro da Câmara participar de posições que contribuam nos temas de relevância para o DF.

Em relação aos novos distritais, acha que vai ser uma Câmara muito diferente da anterior?
A Camara é plural e hoje tem uma diversidade grande de pensamentos e formas de agir. Da mesma forma, isso vai permanecer para o próximo ano. A Câmara está bem representada e a reforma política veio aí para dar chance a partidos menores, para que fizessem parte das Câmaras e Assembleias do Pais. Aqui não foi diferente. A animação não é só minha, é também dos outros 23 deputados, até porque na Câmara federal houve renovação grande. Nossa responsabilidade é enorme porque as pessoas depositaram o restinho da esperança nos atores políticos.

Em qual ponto acha que foi bem sucedido para se reeleger enquanto vários colegas não conseguiram?
Não mudei muito minha rotina no periodo eleitoral, só o que fiz a mais foi pedir voto. Não exerci nenhum cargo de composição de Mesa e presidência de comissões, então isso me proporcionou não ter atividades administravas e mais tempo para o mandato. Estive junto das pessoas, fazendo reuniões, pegando sugestões e levando ao governo para que fossem encaminhadas.

Qual vai ser a prioridade do seu mandato?
Temos a bandeira da geração de empregos que, no meu entendimento, é um dos maiores problemas da cidade. Temos dados ruins e o governador está imbuído em recuperar isso.

 

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