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Política & Poder

Queiroz estava havia cerca de um ano em imóvel do advogado de Bolsonaro, diz polícia

Ex-assessor de Flávio Bolsonaro estava em Atibaia-SP, onde foi preso na manhã desta quinta (18)

Redação Jornal de Brasília

18/06/2020 10h28

Ex-assessor de gabinete do senador Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz estava há mais de um ano em um imóvel pertencente ao advogado da família do senador. De acordo com a Polícia Civil do Rio de Janeiro, o imóvel em Atibaia, no interior de São Paulo, é do advogado Frederick Wassef, que representa inclusive o presidente da República, Jair Bolsonaro.

Segundo confirmou o delegado da Polícia Civil de São Paulo, Osvaldo Nico Gonçalves, os caseiros do imóvel afirmaram, durante a operação, que o ex-assessor estava na residência havia cerca de um ano. Em setembro passado – quando, segundo a polícia, o ex-assessor já estaria no imóvel do advogado – Wassef negou saber sobre o paradeiro de Queiroz, durante uma entrevista à jornalista Andreia Sadi, na GloboNews.

Wassef representou Jair Bolsonaro em casos recentes, como no caso Adélio Bispo, após a facada sofrida pelo presidente durante a campanha de 2018, e no caso envolvendo o porteiro do condomínio do presidente.

O mandado de prisão preventiva expedido para Queiroz é parte da operação Anjo, coordenada pelos Ministérios Públicos do Rio e de São Paulo. Outro mandado de prisão foi expedido para a mulher do ex-assessor, Márcia Aguiar.

‘Prisão tranquila’

A prisão de Queiroz foi “tranquila”, segundo disse o delegado. O mandado cumprido, segundo a Polícia Civil de São Paulo, foi de previsão preventiva, determinada pela Justiça do Rio. “A prisão foi sem nenhuma na intercorrência, ele está bem e já passou por exame de corpo de delito. Daqui, ele vai para o Rio de Janeiro. O doutor Ruy (Ferraz Fontes, delegado geral da Polícia) está providenciando o transporte para o Rio de Janeiro”, disse Nico. “Aqui, ele não será ouvido, nós só vamos cumprir o mandado de prisão. Aprendemos algumas coisas junto com o Ministério Público”, complementou.

Queiroz foi autorizado a levar uma mochila com roupas quando foi detido. Vestiu máscara e boné preto ao se entregar aos policiais. “Toda a investigação, a localização do paradeiro dele, foi feita pelos Ministério Públicos de São Paulo e do Rio. À polícia, só coube cumprir o mandado”, disse o delegado-geral da Polícia Civil paulista, Ruy Ferraz Fontes. Queiroz ficou cerca de uma hora na sede da Polícia Civil Paulista e seguiu, levado em um grupo de quadro viaturas, para o Campo de Marte, na zona norte, de onde deve seguir para o Rio.

O ex-assessor vinha sendo monitorado por investigadores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) da Polícia Civil de São Paulo há meses, segundo policiais civis. Após sua detenção, ele fez exame de corpo de delito no Instituto Médico-Legal, no centro, e levado para o Palácio da Polícia, onde assinou documentos da prisão.

Casa em Bento Ribeiro

Um dos mandados de busca e apreensão expedidos durante a operação Anjo tinha como alvo um endereço no bairro de Bento Ribeiro, na zona Norte do Rio. A casa, localizada na rua Divisória, era onde vivia uma funcionária de Flávio Bolsonaro, Alessandra Marins. O imóvel fica próximo a uma residência de propriedade do presidente da República, Jair Bolsonaro.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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