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Política & Poder

Promessa de Izalci: governará com uma tesoura nas mãos

Arquivo Geral

12/06/2018 7h00

Atualizada 11/06/2018 21h04

Foto: Breno Esaki

Camila Costa
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Se for eleito governador do Distrito Federal, Izalci Lucas (PSDB) pretende cortar gastos para equilibrar as contas. Uma das promessas de pré-campanha é acabar com a Agência de Desenvolvimento do DF (Terracap). O tucano mandou o recado durante a sabatina realizada na manhã de ontem, na Universidade Católica de Brasília. Outra bandeira do pré-candidato do PSDB será a tecnologia, um dos temas de frente desde o começo da vida política. “Os secretários influenciam nas decisões, mas quem manda é quem tem a caneta. Quem manda é o governador.”

Izalci apresentou números para justificar a medida. Segundo ele, o que a Terracap arrecada e gasta é uma conta que não fecha. “Em 2016, arrecadou R$ 298 milhões, mas teve uma despesa de quase R$ 600 milhões. Estão tendo que tirar dinheiro da educação, da saúde, da segurança para cobrir esse rombo. Ano passado essa conta também não fechou. Não dá para ficar com a Terracap do jeito que está. Isso é falta de gestão e de capacidade de execução”, afirmou.

Com o argumento de que a vocação do DF é tecnologia, Izalci disse também que expandirá o Biotic – Parque Tecnológico. O empreendimento de tecnologia sequer foi inaugurado, mas o pré-candidato diz que cada cidade deveria ter seu parque tecnológico, com ecossistema de inovação: aceleradoras, instituições, novas startups.

“Precisamos de espaço fiscal e não apenas para pagar pessoal. Hoje temos pouco espaço para investimento. Isso precisa mudar”, disse.

Saiba Mais

O Centro Administrativo do DF, um gargalo para o governo, não será problema para Izalci, segundo ele. A decisão já foi tomada e, se eleito, a mudança para Taguatinga acontecerá em janeiro. Quando foi pensado e construído, o Centro surgiu para economizar cerca de R$ 10 milhões mensais que o GDF gasta com aluguéis de imóveis que abrigam diversas secretarias.

Em 2017, o governo pagou R$ 66 milhões em aluguéis e condomínio. Um dos maiores gastos é com as locações para abrigar a estrutura da Secretaria de Educação: R$ 39,7 milhões. “Está parado, houve superfaturamento, precisamos encarar isso, saber o custo real, depositar em juízo em ocupar. Não poderá virar escola ou outra coisa porque não foi feito para isso”, defendeu o pré-candidato.

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