O presidente da Fundação Nacional da Saúde (Funasa), Ronaldo Nogueira, pediu demissão do cargo na terça-feira (11). Nogueira tomou a decisão após ser acusado de desvios de verbas do extinto Ministério do Trabalho.
Nogueira esteve à frente da Funasa por um ano. Na carta de demissão, o agora ex-presidente ressaltou que foi possível alcançar resultados como “a redução em torno de 15% das despesas, a conclusão de 246 obras de saneamento em todo o território nacional”, entre outros.
O Jornal de Brasília teve acesso à carta de demissão de Nogueira. No fim do documento, ele cita as acusações e as classifica como “infundadas”. Veja:
Acusação
Na última semana, a Polícia Federal deflagrou a Operação Gaveteiro. A ação levou agentes ao prédio da Funasa para apurar desvios do extinto Ministério do Trabalho, quando a pasta teria contratado uma empresa da área de tecnologia que detectava fraudes na concessão de Seguro-Desemprego.
Nogueira chegou a ter pedido de prisão expedido pela PF, mas a Justiça negou. Apesar da negativa à prisão, o ex-presidente chegou a ter valores bloqueados em suas contas bancárias.
Além de Nogueira, também foram alvos da operação: Pablo Tatim, ex-assessor de Onyx Lorenzoni na Casa Civil; e o ex-deputado federal Jovair Arantes (PTB-GO). Todos responderão pelos crimes de peculato, organização criminosa, fraude à licitação, falsificação de documento particular, corrupção ativa e passiva, podendo pegar mais de 40 anos de prisão.