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Política & Poder

Presidente da Caesb reage a críticas de futuro gestor sobre racionamento

Arquivo Geral

20/11/2018 16h01

Mauricio Luduvice, presidente da Caesb. Foto: Myke Sena

Da Redação
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Não demorou para que a Companhia de Saneamento Ambiental (Caesb) reagisse às críticas do futuro presidente da companhia, Fernando Leite. Ao ser anunciado pela equipe de transição do governador eleito Ibaneis Rocha, Leite disse nesta terça-feira (21) que o racionamento de água deveria ter sido mais longo.

Em nota divulgada à imprensa, a companhia rebateu as críticas ao defender que “um período maior de racionamento, ‘começando antes e terminando depois’, seria absolutamente desnecessário para superação da crise hídrica”. O comunicado informa que, “segundo o presidente da Caesb, Maurício Luduvice, a ampliação do período de racionamento só serviria para aumentar o sofrimento da população, principalmente das camadas mais pobres”. Ainda na avaliação da Caesb, o racionamento criaria ainda dificuldades para o setor produtivo – comércio, indústria e agricultura – com repercussão negativa na geração de emprego e renda.

“No período de seca, meses de julho, agosto e setembro, os reservatórios estavam em níveis bem acima do limite mínimo estabelecido pela Adasa, sendo, portanto, desnecessária a ampliação do rodízio. Segundo Luduvice, essa situação de equilíbrio deu-se graças aos investimentos realizados em tempo recorde, à melhoria do sistema de abastecimento, ao apoio da população e ao trabalho dedicado e competente dos empregados da Caesb”, encerra o comunicado.

Planos do futuro gestor
De volta à presidência da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), Fernando Leite planeja um pacote de projetos para exorcizar o fantasma do racionamento de água. Neste contexto, definiu como prioridades a conclusão das obras de Corumbá IV, a ampliação da captação do Lago Paranoá e iniciar um projeto para reforçar o abastecimento na região Norte, incluindo Planaltina e Sobradinho. Uma alternativa é a busca das águas do rio Maranhão, localizado em Planaltina (GO).

Fernando Leite, futuro gestor da Caesb. Foto: Renato Alves/Divulgação

Leite comandou a Caesb nos governos Roriz, Arruda e Rosso, sendo um dos responsáveis pelo começo das obras de Corumbá. Inicialmente, a expectativa de conclusão das obras seria em 2009. O futuro presidente da empresa pública lamenta o atraso na entrega do projeto. Na opinião do futuro presidente, este foi o principal motivo para o racionamento, entre 2017 e 2018.

O próximo condutor da Caesb discorda da estratégia adotada pelo atual governo Rollemberg (PSB) para enfrentar a crise de falta de água. Segundo Leite, as medidas deveriam ser tomadas com mais antecedência e o racionamento foi encerrado antes da hora. Apesar da medida ter agradado a população, diversos especialistas julgaram a decisão precipitada.

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