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Política & Poder

Por US$ 2 milhões, Cabral diz que comprou votos para trazer Olimpíada para o Rio

O ex-governador pretende colaborar com as investigações da operação Unfairplay, um dos desdobramentos da Lava Jato no estado

Redação Jornal de Brasília

04/07/2019 17h14

Da Redação
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Sérgio Cabral, ex-governador do Rio, afirmou que comprou votos por US$ 2 milhões para trazer a Olimpíada ao Rio. 

Nesta quinta-feira (4) ao juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, responsável pela Lava Jato no Rio de Janeiro, Cabral disse que o ex-presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman, indicou o presidente da Federação Internacional de Atletismo (IAAF), Lamine Diack, como intermediário do esquema.

Cabral é acusado pelo Ministério Público Federal de envolvimento em um suposto esquema de compra de votos no Comitê Olímpico Internacional (COI). Os investigadores querem saber se houve fraude na escolha do Rio de Janeiro como sede da Olimpíada de 2016. 

Em uma nova estratégia da defesa, o ex-governador tem revelado mais detalhes nos casos em que confessou participação.

Na última segunda-feira (1), Sérgio Cabral disse a Bretas que o empresário Arthur Soares, conhecido como Rei Arthur, atuava junto aos políticos do Estado. Segundo Cabral, o empresário fraudava licitações, organizava os prestadores de serviços durante seu governo e ainda fazia doações, através de caixa 2, para parceiros políticos do ex-governador.

De acordo com o depoimento, Rei Arthur pagou R$ 6 milhões para a campanha de Eduardo Paes (DEM), em 2008, e mais R$ 5 milhões para ajudar a eleger Lindbergh Farias (PT) como senador, em 2010. 

Cabral responde a 29 processos e já foi condenado em 9 deles, somando 198 anos de prisão na Justiça Federal do Paraná e do Rio de Janeiro.

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